Em 1991, o ano se iniciou bem para o Atlético, após um 1990 coroado pela volta à Primeira Divisão. O Atlético ainda estava longe da Baixada – embora alguns nomes dentro do clube já ventilassem a possibilidade do retorno – e a torcida continuava a não prestigiar a equipe. O primeiro semestre contou com o Campeonato Brasileiro, no qual o Atlético teve um início implacável, com vitórias sobre Grêmio, Flamengo e Fluminense. Porém, não conseguiu manter o ritmo, caindo assustadoramente, a ponto de vencer apenas 2 das 16 partidas restantes, encerrando o Brasileiro na 15ª posição.

Na Copa do Brasil, mais uma participação frustrante: após empatar em casa e perder fora, o Atlético estava eliminado na primeira fase, pelo Vitória.

O intervalo entre o Brasileiro e o Paranaense, no segundo semestre, brindou o Atlético com uma excursão à Europa: o jogo inicial foi contra o suíço Servette, inaugurando o estádio local em um empate sem gols. Ainda em julho, o Atlético jogou um torneio triangular na cidade de Winterthur, ainda na Suíça: vitória de 4 a 1 sobre o Brutisselen e um empate em 2 gols com o time da casa, o Winterthur, garantiram o título e o troféu “Internationalen Schützi-Cup”. Finalizando esta primeira excursão, uma goleada por 6 a 0 sobre o Isny, da cidade de Isnyberg, na Alemanha. Assim encerrou-se a primeira excursão rubro-negra à Europa, de forma invicta.

O segundo semestre comportava o Campeonato Paranaense, no qual o objetivo era o bicampeonato. Os resultados da equipe permitiam pensar assim, o clube sempre esteve brigando pela liderança – o torneio de 1991 foi disputado no sistema de pontos corridos – com o recém-criado Paraná Clube. Porém, uma série de tropeços acabou por dar o título ao Paraná Clube, e o Atlético teve que se contentar com o vice-campeonato.

Entre os jogadores, o destaque foi para o volante Valdir, convocado para a Seleção Brasileira principal – desde Caju, em 1945, o Atlético não tinha um jogador seu convocado para defender a camisa canarinho.