Após consagrar-se campeão, o Atlético passou o 1º turno do Campeonato Paranaense vencendo todas as equipes que enfrentou, chegando a liderar a competição. Porém, na fase decisiva, o time chegou a sofrer duas derrotas consecutivas, para o União Bandeirantes, perdendo por 3 a 1, e para o Londrina, perdendo por 2 a 0. Não bastasse isso, perdeu também para o rival Coritiba, por 1 a 0. Resultado: Djalma Santos foi mandando embora. E é claro, ninguém gostou. “ Era bom demais, essa era o seu erro ”, dizia o diretor de futebol do Atlético na época, Cláudio Passerino Moura, irmão do presidente. Djalma, aos 41 anos, ostentava forma física e técnica invejáveis, sendo o segundo bicampeão do mundo a ter o Atlético como seu último time. Além de Djalma, jogadores do esquadrão atleticano como Bellini, Nair, Dorval, Gildo, Zequinha e Del Vecchio também deixaram a Baixada. Em 1971, o atacante Zé Roberto trocou de lado, indo jogar no rival, o Coritiba.

Com isso, o Atlético não conseguiu superar as dificuldades enfrentadas na fase final e acabou em 4º lugar no campeonato, com 16 vitórias, 11 empates e 6 derrotas. Foi também em 1971 que a equipe fez com o Coritiba um dos Atletibas mais emocionantes da história do futebol paranaense. Foi no dia 14 de março, onde o Atlético estava perdendo por 1 a 0 e Nílson Borges bateu um pênalti na trave, para desespero da torcida atleticana. Porém, o mesmo descontou e deixou o seu, mas o árbitro anulou o gol. Aproveitando a confusão formada e o Atlético nervoso em campo, o Coritiba marcou o segundo gol. Porém, na volta do segundo tempo, a torcida rubro-negra empurrou o time para uma virada impressionante, graças ao futebol precioso de Sicupira e Nilson, que garantiram a vitória por 4 a 3 e fizeram lembrar o antigo Furacão. Um jogo emocionante, onde quem viu, não esquece jamais.