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1945

O ano de 1945 foi praticamente um reedição de 1943. O Atlético realizou uma temporada fantástica, venceu o Coritiba na final e foi novamente campeão em diversas modalidades. Para comemorar, houve a reedição do “show da vitória” de 1943, novamente com grande sucesso.

O Capitão Maneco Aranha novamente inovou no futebol paranaense ao exigir mais profissionalismo dos jogadores. O time foi reforçado com jogadores que atuavam pelos juvenis, como o médio Lolô, o meia Jackson e o ponta-esquerda Cireno. Os três eram universitários e muito amigos. Em 1945, viveram o ano de afirmação de suas condições de bons jogadores.

O Atlético fez um primeiro turno arrasador, vencendo todas as seis primeiras partidas. Destaque para a vitória por 4 a 2 sobre o Coritiba no Belfort Duarte, com quatro gols do centroavante Guará, que havia sido artilheiro do campeonato anterior jogando pelo Comercial.

No segundo turno, o time fez uma boa campanha também, embora não tão brilhante. Em todo caso, chegou na última rodada jogando para ser campeão. Para isso, bastava vencer o Coritiba no Estádio Joaquim Américo. Pois o destino não quis assim e o rubro-negro acabou derrotado por 2 a 1.

Logo em seguida, Caju foi novamente convocado para a Seleção Brasileira. Passou alguns dias treinando, mas acabou sendo cortado sob a estranha justificativa de estar “fora de forma”. Bom para o Atlético, que ganhou um reforço importantíssimo para as finais.

Nas finais, foram necessários três jogos e prorrogação para decidir quem seria o campeão. O Atlético perdeu o primeiro por 2 a 1 e sofreu um abalo. Os adversários consideravam que o título estava garantindo, mas a raça atleticana falou mais alto. No segundo tempo, o rubro-negro venceu por 5 a 4, em uma partida emocionante. No final do jogo, a torcida do Coritiba promoveu um quebra-quebra na Baixada e causou um desgosto tão grande ao presidente Manoel Aranha que ele acabou renunciando em função desse episódio.

Porém, dentro de campo o Atlético deu a resposta jogando futebol. No terceiro jogo, disputado no Belfort Duarte, venceu por 2 a 1 na prorrogação. A torcida invadiu o campo e comemorou a conquista na casa do rival. A reedição da “semana da vitória” contou com baile no Cassino Ahu, jantar em homenagem ao Capitão Maneco Aranha na Sociedade Thalia, churrasco no Joaquim Américo e Grito de Carnaval de 1946.

Pelo título, cada atleta recebeu uma premiação de 800 cruzeiros, dinheiro arrecadado entre os torcedores. Em 1945, o Atlético foi campeão também no basquete, no vôlei e no futebol amador. Na festa do Cassino Ahu, em janeiro de 1946, houve a cerimônia de colação de grau em “Doutores do Futebol”. Foram homenageados todos os jogadores que participaram da conquista, que receberam o grau do “Reitor da Faculdade do CAP”, Manoel Aranha, que se despedia da presidência após sua renúncia.

Década de 1940:
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