O ano de 1940 começou com mudança na presidência do Atlético. Candido Mäder deixou o comando do clube depois de ter ocupado a presidência por sete anos, ainda que não consecutivos. Assumiu em seu lugar Claro Américo Guimarães, ex-jogador do Internacional e de família tradicional.

Clarito, filho de Joaquim Américo, realizou uma boa gestão e logo no primeiro ano de seu mandato conquistou o Campeonato Paranaense, quebrando um jejum de quatro anos sem título. A partir desse ano, o Atlético começou a se firmar como um dos grandes clubes da cidade. As festas organizadas pelo rubro-negro eram as mais esperadas e comentadas de Curitiba, graças à presença de toda elite social.

No início de agosto, o Atlético agitou o futebol paranaense com o convite ao grande astro Arthur Friedenreich para visitar Curitiba. Ele havia encerrado a carreira de jogador e se tornado árbitro da Federação Paulista. Atendendo ao chamado do Atlético, ele apitou o jogo contra o Palestra Itália, no dia 4 de agosto, vencido pelo rubro-negro por 4 a 3.

Deu sorte, pois o Atlético realizou um belo segundo turno e chegou invicto para seu último jogo, contra o Ferroviário. Precisava de apenas um empate para conquistar o turno e ir à final do campeonato contra o próprio Ferroviário. Porém, o jogo foi repleto de confusões. A partida estava empatada por 2 a 2 quando, aos 35 minutos do segundo tempo, a diretoria colorada mandou seu time abandonar o campo, em protesto contra a arbitragem.

Em razão disso, o Atlético ganhou os pontos do jogo e conquistou o turno. Disputaria a final contra o mesmo Ferroviário, mas o clube se recusou a jogar e acabou punido pela Federação. A atitude dos adversários não tirou o brilho da conquista do Atlético, que teve a melhor campanha e perdeu apenas dois jogos. Porém, impediu uma comemoração mais entusiasmada, já que o título só foi confirmado um mês depois, através do Boletim n° 9 da FPF.