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1943

O ano de 1943 foi praticamente perfeito para o Atlético. No início da temporada, a diretoria elegeu Manoel Aranha para a presidência. Recém-chegado a Curitiba, Aranha logo se envolveu com o Atlético e rapidamente passou a fazer parte da direção. Por suas idéias progressistas e pela boa forma de se relacionar com as pessoas, conseguiu comandar uma verdadeira revolução no clube.

A primeira providência foi tratar de modo mais profissional o futebol. Foram contratados jogadores importantes como o goleiro Laio, inicialmente reserva de Caju e o meia-direita Lupércio, do futebol paulista. Além disso, Maneco Aranha causou grande impacto no futebol paranaense ao contratar o paraguaio Ruben Aveiros, que havia disputado o Sul-Americano de 1942 e também o técnico Carbô. No início de 1944, mais um paraguaio se agregou ao time, o ponta-esquerda Gorgonio Ibarrola. A linha de frente, formada por Batista, Lupércio, Lilo, Aveiros e Ibarrola, passou a ser chamada de “o ataque mais caro da cidade”

Coincidindo com o planejamento rubro-negro, o Campeonato Paranaense também foi espetacular. A imprensa da época considerou esse o melhor Estadual de toda a história até então. O Atlético fez uma boa campanha no primeiro turno, mas um tropeço diante do Brasil acabou lhe custando o primeiro lugar, que acabou ficando com o Coritiba.

No turno final, o rubro-negro foi arrasador: cinco vitórias e um empate (justamente no clássico contra o Coritiba). Com isso, os dois principais clubes classificaram-se novamente para a final, a exemplo do que havia ocorrido em 1941. Desta vez, porém, o Atlético levou a melhor e foi campeão com duas vitórias por 3 a 2, ambas já disputadas no início de 1944. No final, a campanha foi sensacional: 11 vitórias, 2 empates e só uma derrota.

Além do título no futebol profissional, o Atlético foi campeão também nos aspirantes, nos amadores e no atletismo, coroando um excelente ano. A comemoração foi em grande estilo. Foram realizadas três festas, que foram abrangidas no que ficou sendo chamado de “show da vitória”: uma no Cassino Ahu, outra na Sociedade Thalia e uma churrascada no Estádio Joaquim Américo.

Nessas comemorações, surgiu a primeira versão daquele que se tornaria o hino oficial do clube. O músico gaúcho J. Cibelli compôs uma para a letra de uns versos criados por Zinder Lins por ocasião do título de 1930. No baile do Cassino Ahu, os torcedores receberam a letra da nova música e se divertiram a noite toda cantando a homenagem ao Atlético.

Além dessa música, outra embalou as comemorações atleticanas, essa mais provocativa ao Coritiba. Tratava-se de uma paródia do tango “Alsa, alsa, Manolita”, grande sucesso da época: “Alsa, alsa Coritiba / Vai tua mágoa espalhar / O rubro-negro tem sangue na / Veia e no pulso / Este sangue é enxertado / Com sangue de russo".

Década de 1940:
anos 40 : 1940 : 1941 : 1942 : 1943 : 1944 : 1945 : 1946 : 1947 : 1948 : 1949

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