1933 Um dos piores anos da década atleticana, dentro do campo. No campeonato oficial, o rubro-negro venceu somente uma partida das oito que disputou. Em maio, a surpresa aconteceu justamente em um Atletiba, quando o time ficou conhecido como o “clube da raça”. Alguns dias antes do clássico, uma gripe derrubou seis amadores atleticanos e a diretoria rubro-negra, querendo adiar a partida, foi até o encontro de diretores rivais no estádio Belfort Duarte. Os coxas, irredutíveis, não mudaram a data e, assim, se o time atleticano não entrasse em campo, perderia imediatamente os pontos. Os ‘jogadores da raça' então foram até sua diretoria e pediram para disputar a partida. Surpreendendo as expectativas de todos, Mimi e Marreco marcaram os gols que deram ao Atlético a vitória no clássico que ficou conhecido como “Atletiba da gripe”. Os jogadores de calção preto, como eram chamados nossos rivais, não se conformaram com a chamada “cera”, feita pelos rubro-negros, mas já era tarde. Mesmo sendo a única vitória, os atleticanos comemoraram como se fosse um título pois, mesmo sem condições de jogo, venceram os maiores rivais. No segundo turno, o mesmo clássico foi marcado pela estréia do goleiro Caju, irmão de Alberto, que estava há anos no rubro negro. Mas o novo goleiro, Alfredo Gottardi, não pôde segurar o adversário principalmente quando, no segundo gol coxa branca, foi derrubado em uma falta não marcada pela arbitragem. O coritiba foi favorecido pela boa sorte e pela arbitragem. O atlético jogou melhor e abriu o placar. Faltando dez minutos, o Coritiba empatou e virou o placar, o que obrigou os jogadores atleticanos deixarem rapidamente o estádio pois, exaltados, os torcedores alviverdes partiram para a agressão. A péssima campanha foi marcada por 1 vitória, 2 empates e 5 derrotas. Em agosto, o Rubro Negro foi à Jacarezinho disputar dois amistosos. Contra o Jacarezinho, foi goleado e, no segundo jogo, venceu o Operário. Sem mais chances no campeonato oficial, atleticanos começaram a deixar o clube, como foi o caso do Mimi, que pediu a diretoria para transferi-lo ao Palestra Itália. O estreante Caju acabou a temporada sofrendo menos gols que seu irmão Alberto. Com quatro jogos cada um, Caju sofreu 9 gols e Alberto 10. O último episódio do ano aconteceu quando Atlético, Coritiba, Britânia e Palestra Itália se juntaram para rogar o prazo das inscrições dos amadores já registrados, por 4 anos, sendo que o clube que não concordasse não poderia disputar torneios oficiais. Essa união foi feita para ir contra o Ferroviário. Alguns diretores atleticanos foram contra a decisão do presidente em ter assinado o “pacto dos 4”. |
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