Dagoberto paga multa e rescinde contrato

O contrato de trabalho entre o Clube Atlético Paranaense e o futebolista Dagoberto Pelentier foi rescindido nesta quarta-feira, dia 18 de abril de 2007. Originalmente, o contrato havia sido firmado até 23 de julho 2007. Contudo, em outubro de 2004 o atacante sofreu uma grave contusão e ficou afastado dos gramados por mais de um ano. Neste período, iniciou um litígio com o clube que culminou em uma ação judicial. A Justiça do Trabalho deu ganho de causa ao Atlético e prorrogou o contrato de Dagoberto até 29 de março de 2008, com fundamento no Decreto 2.574/1998 (hoje revogado) e na Lei Pelé.

Nos últimos meses, Dagoberto e dirigentes do Atlético trocaram farpas através da imprensa, dando seqüência a uma longa novela. Nesta terça-feira, o jogador efetuou o depósito de R$ 5,46 milhões em uma conta da Justiça do Trabalho. O valor se refere a 20% da multa contratual e se destina a rescindir unilateralmente seu contrato com o Atlético. Nesta quarta, um dia depois do pagamento, a Justiça do Trabalho do Paraná expediu um ofício à Confederção Brasileira de Futebol comunicando a rescisão contratual.

A intenção dos agentes de Dagoberto, Marcos e Naor Malaquias, era a de que o Boletim Informativo da CBF divulgasse nesta quarta mesmo a informação da desvinculação de Dagoberto do Clube Atlético Paranaense. Contudo, o BID de 18 de abril de 2007 foi publicado sem qualquer informação sobre o jogador. Antes mesmo disso, o jogador já havia concedido uma entrevista coletiva na sede da Massa Sports para anunciar a saída do Rubro-Negro. Dagoberto deverá assinar contrato com o São Paulo Futebol Clube ainda nesta semana.

Atlético

O Atlético divulgou nota em seu site oficial informando que Dagoberto pagou o valor referente à cláusula penal do contrato. Além disso, o clube afirma que "em caso de acolhimento do recurso do Atlético com a prorrogação do contrato por mais 98 dias, o jogador ficará obrigado a complementar o valor da cláusula penal em R$ 10.920.000,00 por ter rescindido o contrato restando ainda mais de um ano de vigência para o término do prazo".