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2001

Pensando em formar um time competitivo, que mais tarde seria Campeão Paranaense e Campeão Brasileiro, a diretoria começou as contratações. Vindo do Paraná Clube, o zagueiro Nem chegou para ser o xerife atleticano. “Agora sou atleticano. Tenho que defender o Atlético com a vida se for preciso”, dizia o jogador. Junto com ele, em janeiro, chegaram Donizete Amorin e Paulo Izidoro, enquanto Reginaldo deixava o clube. Para a alegria dos torcedores, Kelly renovou seu contrato e Adriano voltou, por empréstimo, a jogar por aqui, sendo recebido com festa na Arena.

Inovando, em fevereiro, o clube lançou seu primeiro pacote de ingressos, que foi bastante vendido. Um fato negativo também aconteceu, após a derrota para o Coritiba, no Couto Pereira, torcedores deram início ao que seria uma briga sem fim. Os atleticanos revoltados depredaram as arquibancadas do estádio adversário e, assim, a cada clássico os prejuízos são maiores. Eliminado pelo Atlético Mineiro na Copa Sul-Minas, viu Kelly se despedir e ir para o outro lado do mundo, quando foi emprestado ao Tokyo FC.

Quando o ano parecia começar ruim, Valmor Zimerman assumiu a diretoria de futebol do clube e trouxe Flávio Lopes. Diferente de hoje, o clube costumava fazer promoções para os torcedores, como a “Torcedor Mirim”, que liberava a entrada de torcedores com menos de 12 anos para assistir às partidas. Em abril, o lateral Alessandro foi chamado pelo técnico Émerson Leão para integrar a Seleção e disputar um amistoso com o Peru, o que mais tarde resultaria em uma convocação para disputar a Copa América, já com o técnico Felipão.

Para dar continuidade ao Campeonato Paranaense e brigar pelo título no Brasileiro, a diretoria atleticana começou a renovar contratos com suas estrelas para que não houvesse uma demanda antes do campeonato nacional. O primeiro a acertar com o clube foi o atacante e artilheiro Kleber, que renovou por mais dois anos. Com a notícia, disputar as finais do estadual, contra o Paraná, trazia uma tranqüilidade maior. Os dois times, que estavam se enfrentando pela primeira vez em uma final de campeonato paranaense disputaram a primeira partida no Couto Pereira, com o mando tricolor. O resultado não passou de um empate, favorecendo o rubro-negro, que tinha a vantagem de empatar as três partidas. E, enquanto era eliminado da Copa do Brasil pelo Corinthians, o Atlético voltava suas forças para vencer o estadual. Na segunda partida, um segundo empate, desta vez com gols, o que adiaria a decisão para o terceiro jogo, também na Arena.

E não deu outra, com vontade de campeão, o time conquistou seu terceiro Bi-Campeonato Paranaense na história e, por coincidência, os três foram em clássicos. Ainda comemorando o título, o técnico Flávio Lopes, inexplicavelmente, foi demitido. Para o Campeonato Brasileiro, foi contratado Mário Sérgio, que colocou o time para fazer uma intertemporada durante 40 dias. E, como prometido, a diretoria passou a se preocupar com o elenco. Uma lista de dispensas foi preparada, com jogadores pouco aproveitados e pouco conhecidos da torcida, para o lugar deles, outros foram sendo contratado e, em julho Rogério Corrêa, Pires e Geraldo estavam se apresentando ao clube.

Destaques na Copa Tribuna, campeonato de juniores do qual o Atlético foi campeão naquele ano, Dagoberto, Ivan e Daniel, além de Rodrigo que já havia jogado na equipe, foram promovidos ao elenco principal. Aproveitando a reformulação no time, Souza, Bruno Reis e Ilan, que teve 50% de seu passe comprado pelo rubro-negro, também desembarcam no Ct do Caju.

No começo do Brasileirão, os efeitos da pré-temporada começaram a surgir. O Atlético venceu o Grêmio, acabando com uma invencibilidade de 20 jogos do time gaúcho e, após cinco jogos invicto tornou-se líder do campeonato. Quando empata com o Santos, o técnico Mário Sérgio pediu demissão, mas após um pedido dos jogadores, voltou atrás. Mas as relações já estava estremecidas e após perder mais dois jogos, o técnico é demitido e sai falando sobre as noitadas dos jogadores, o que levou a diretoria a punir Douglas Silva com 40% de seu salário e o afastamente temporário do time. Não demorou muito e os atleticanos já podiam ver outro comandando á frente do time. Geninho chegou e, com ele, uma maré de sorte. O Atlético permaneceu invicto por doze partidas.

O ex-goleiro e ídolo atleticano Ricardo Pinto chegou ao clube em setembro, para treinar os goleiros do time. Junto com o ex-goleiro, chega a psicóloga da Seleção Brasileira, Suzi Fleury, que é contratada para acalmar os ânimos dos jogadores e ajudá-los até o final do campeonato. No final de outubro, a torcida atleticana comemorava a volta do atacante Warley mas, a Fifa impossibilitou sua vindo por já ter jogado pelo Grêmio, no mesmo ano. Com variações entre a primeira e a segunda colocações no campeonato, os torcedores começam uma contagem regressiva para o título. Faixas em prédios e no estádio e um carro-propaganda passeando pela cidade. A festa atleticana estava sendo armada.

Na última partida do Campeonato, o Atlético goleou o Vitória e terminou a primeira fase apenas atrás do São Caetano, o que lhe garantiu vantagens para as fases decisivas. Surpreendendo os brasileiros, principalmente do eixo Rio-São Paulo, em frente à Arena da Baixada filas foram formadas dias antes dos jogos, para que os torcedores garantissem seus ingressos. O Atlético passou por São Paulo e Fluminense em casa e jogaria duas partidas para conquistar o título, em São Caetano do Sul. Para a primeira partida da final, foram vendidos mais de 30 mil ingressos em menos de três horas. Barracas foram montadas pelos torcedores para que garantissem seus ingressos. Como conseqüência, brigas com cambistas aconteceram pois, com a falta de ingressos nas bilheterias, só era possível comprá-los pelo dobro do preço.

Dentro ou fora do estádio, atleticanos comemoraram muito o primeiro resultado. A goleada em casa reverteu a vantagem do time paulista e, agora, iríamos ao interior de São Paulo podendo até perder por um gol. No segundo jogo, a diretoria montou um telão em frente ao estádio e, quando Alex Mineiro marcou o único gol, ampliando a vantagem, a massa rubro-negra não se conteve. O título era nosso e a cidade explodia. Para os que não acreditaram, Alessandro contou o segredo. “Falaram que o Atlético não tinha camisa, mas aqui tem homem”, declarou o jogador, que após a conquista do título foi esperado, juntamente com os outros jogadores, por milhares de torcedores que lotaram as ruas e esperavam o time desembarcar no aeroporto Afonso Pena. A carreata vinha até a Arena, onde os heróis era recepcionados pela calorosa torcida.

Para fechar bem o ano, os campeões, um a um, deixam os torcedores cada vez mais alegres. Geninho e Alex Mineiro anunciaram que pretendiam permanecer no Atlético e, assinaram com a diretoria. Agora, era comemorar e esperar o próximo ano para disputar sua segunda Libertadores.
Década de 2000:
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