O jovem time atleticano chegou a surpreender. Após mais de vinte anos, voltou-se a disputar o “Torneio Início”, que era jogado em apenas um dia, com jogos que duravam 30 minutos divididos em 2 tempos iguais. Em caso de empate, eram contados como critério de desempate, o número de escanteios conquistados.

O Atlético venceu, mostrando ao Paraná um dos últimos pontas da linhagem dos craques, Carlinhos Sabiá, que depois veio a brilhar no Palmeiras e também no Paraná Clube. O Pinheiros venceu o primeiro turno e o Atlético o segundo. Mas como na somatória geral a equipe da Vila Guaíra não poderia mais ser alcançada, mesmo com jogos finais, o alviceleste acabou sendo campeão.

Neste campeonato, ocorreu a famosa história do “homem da mala preta”, suposto dirigente pinheirense que deu recompensa em dinheiros aos jogadores do Cascavel, para que não dificultassem as coisas na última rodada do returno do hexagonal final. Coincidência ou não, um pênalti a favor do time interiorano foi batido quase na bandeira de escanteio. Enquanto isso, o Atlético fazia sua parte e vencia o Londrina no Pinheirão, que já começava a receber as primeiras críticas do torcedor rubro-negro, devido a distância do centro da cidade, ao frio e principalmente às péssimas condições de higiene e segurança para os torcedores.

Surgia também o jovem zagueiro Adilson, que aliava técnica com uma grande disposição física e que fez história no futebol brasileiro. Ainda em 87, Adilson foi convocado para a Seleção Brasileira de Juniores, fato pouco comum no cenário esportivo paranaense na época.

Os 12 clubes de maior torcida do Brasil, mais o Coritiba, criam a Copa União. O Atlético disputa o Módulo Verde, equivalente a segunda divisão e faz bela campanha, chegando ás semi-finais e perdendo para o Guarani, mas garantindo uma vaga na divisão especial no ano seguinte.