Nowak nunca perdeu um Atletiba e marcou na goleada de 5 X 2 de 1997 [foto: arquivo/ FURACAO.COM]
O polonês Krzysztof Nowak faleceu há exatos 10 anos, quando tinha 29 anos de idade na mesma data em que o Atlético fazia história e eliminava o Cerro Portenho passando para as quartas de final da Libertadores de 2005. Ele possuÃa uma rara doença degenerativa, a Esclerose Lateral Amiotrófica (também conhecida pela sigla internacional ALS). O diagnóstico ocorreu em 2001, logo depois de o atleta sentir-se mal em uma partida pelo Wolfsburg, seu último clube.
Nowak nasceu em setembro de 1975 em Varsóvia. Jogou no Sokol Pniewy, Sokol Tychy, Panahaiki Patras (da Grécia) e no Legia Varsóvia. Meia talentoso, foi convocado para a seleção polonesa sub-20 e chamou a atenção do empresário uruguaio Juan Figer. Em 1996, Figer intermediou a transferência de Nowak e de seu compatriota Piekarski para o Atlético.
Nowak se adaptou rapidamente ao Brasil e virou Ãdolo da torcida atleticana. Ao lado de Alex Lopes, Piekarski e Jean Carlo, formou um célebre meio-campo que abasteceu o ataque formado por Paulo Rink e Oséas durante o Brasileirão de 96. Mesmo com a saÃda de Piekarski, permaneceu no Furacão e atuou durante toda a temporada de 97 pelo clube. No inÃcio do ano seguinte, foi negociado com o Wolfsburg.
O diagnóstico de Nowak foi considerado pela maioria absoluta dos médicos alemães como o pior acontecimento esportivo da década e marcou o fim de sua carreira futebolÃstica. A doença progrediu rapidamente e afetou a habilidade de falar e locomover. Nos últimos anos, Nowak passou a utilizar uma cadeira de rodas. Mesmo assim, demonstrou mais uma vez sua grandeza ao montar uma instituição para ajudar pessoas portadoras da mesma doença.
O carinho e gratidão da torcida atleticana com o polonês foi magistralmente descrito no texto
"Nowak, olhai por nós" do Blog da Baixada. Clique
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