Dossiê 2013: Os volantes do Furacão

Apontado como um dos pontos fortes na equipe do técnico Vagner Mancini, o sistema de marcação no meio-campo do time atleticano foi um dos destaques na arrancada do clube na temporada – o Atlético chegou a ter a pior defesa do Campeonato Brasileiro na largada inicial da competição.

E, contraditoriamente, o bom desempenho do setor após a chegada de Mancini não significou titularidade absoluta a algum atleta. Somando Brasileiro e Copa do Brasil, João Paulo, Deivid, Zezinho, Juninho e Bruno Silva ganharam espaço, cada um ao seu tempo.

Desses, João Paulo foi o campeão em atuações e na preferência do torcedor, que se identificou com o espírito de entrega do jogador no gramado. Zezinho foi outro destaque, disputando três competições: o Paranaense com o sub-23, o Brasileiro e a Copa do Brasil. Também atuou, mas com bem menos presença, o uruguaio Marcelo Palau. Confira a análise dos volantes atleticanos:

João Paulo: guerreiro com identificação com a torcida [foto: Julia Abdul-Hak]

BRUNO SILVA
Contratado por empréstimo junto à Ponte Preta durante a parada para a Copa das Confederações, Bruno Silva atuou em 24 partidas na temporada, todas pelo Campeonato Brasileiro – ele não jogou na Copa do Brasil, pois já havia defendido a Macaca no torneio. No Brasileirão, aproveitou bem as oportunidades dadas pelo técnico Vagner Mancini, sendo o jogador com maior número de desarmes do time na competição – 102 no total. Como fator negativo, foi o atleta atleticano com maior número de cartões amarelos, 12, média de um cartão a cada duas partidas.

DEIVID
Um dos jogadores com maior número de atuações pelo clube no atual elenco, o volante Deivid viveu um ano marcado por boas atuações e também por um longo período afastado do time devido à uma lesão no joelho. Criado nas categorias de base e com 158 partidas pelo clube – a 150ª foi contra o Internacional, no dia 03 de novembro, foi uma das peças fundamentais na boa campanha na Copa do Brasil, que culminou com o vice-campeonato. No entanto, a temporada também foi marcada por uma lesão no joelho, que o afastou dos gramados por mais de 3 meses. No ano, foram 28 jogos, 8 pela Copa do Brasil e 20 pelo Brasileiro – muitos iniciando no banco de reservas, fato raro na carreira do atleta.

JOÃO PAULO
Com forte identificação com a torcida, João Paulo viveu altos e baixos no Atlético na temporada. Começou a Copa do Brasil e o Brasileiro como titular, perdeu espaço com a chegada de Mancini e quase saiu do clube. Mas teve novamente oportunidade, jogou bem e fez valer seu apelido de “Guerreiro”. No total foram 41 partidas, com um gol marcado – contra o Internacional, no primeiro turno do Brasileirão, no empate em 2 a 2 no Estádio do Vale. Uma contusão o tirou dos dois jogos mais importantes do ano, na decisão da Copa do Brasil contra o Flamengo. No Campeonato Brasileiro teve outra marca de destaque: foi o melhor passador da equipe, com 1.009 passes no total.

JUNINHO
O volante Juninho atuou em 26 partidas na temporada, ganhando espaço no time após a chegada do técnico Vagner Mancini. Algumas das suas atuações foi improvisado, jogando nas duas laterais – na esquerda teve as melhores atuações.

MARCELO PALAU
Aos 28 anos, o volante uruguaio teve poucas oportunidades no Atlético. Chegou ao clube em julho e atuou apenas quatro vezes – apenas uma como titular. Jogou duas vezes pelo Brasileiro (contra Náutico e Goiás) e duas na Copa do Brasil (contra Paysandu e Inter). No final do ano o Atlético optou por não exercer a prioridade de compra e Palau retornará ao Guarani, do Paraguai, em 2014, disputando a Libertadores pelo clube paraguaio.

ZEZINHO
Com 50 jogos na temporada, o volante Zezinho foi o segundo atleta em número de jogos pelo time na temporada – atrás apenas do goleiro Weverton, com 51 participações. Junto com Douglas Coutinho, representaram os únicos do elenco que disputaram este ano o Paranaense (com a equipe sub-23), o Brasileiro e a Copa do Brasil. No Estadual, Zezinho era o ponto de experiência do time, atuando mais avançado, marcando 3 gols. No Brasileirão, teve presença em vários jogos, atuando como elemento de ligação entre o meio e o ataque e em alguns jogos improvisado na lateral-esquerda. Marcou um gol, na goleada de 6 a 1 sobre o Náutico.