Contas de 2010 aprovadas pelo Conselho Deliberativo

Em reunião realizada na sede do clube ontem à noite na sede do Atlético Paranaense, foram aprovadas as contas relativas ao exercício financeiro de 2010 pela unanimidade dos 102 conselheiros presentes.

Segundo o balanço divulgado de antemão pela administração aos conselheiros via correio eletrônico na semana passada e auditadas pela empresa Parker Randall Auditores Independentes, o Clube Atlético Paranaense teve um superávit de R$ 6,2 milhões no exercício passado. O montante é inferior aos pouco mais de R$ 10 milhões das contas de 2009 , mas muito superior ao déficit de R$ 18 milhões apontado no exercício financeiro de 2008, ainda sob a supervisão da direção anterior. O relatório contábil completo será divulgado dentro dos próximos dias.

Com as vendas de Rhodolfo, Chico e especialmente do goleiro Neto, o caixa do clube neste primeiro trimestre de 2011 já começou com substancial aporte de recursos. A diminuição do montante relativo à dívidas trabalhistas e a manutenção de um bom número de sócios que contribuem com receita mensal ao clube geram boas perspectivas de arrecadação, bem como o aumento das cotas de tv a partir de 2012 fruto dos novos contratos assinados entre a emissora detentora dos direitos de transmissão e o clube.

QUESTIONAMENTOS
Se por um lado a reunião foi tranquila quanto ao seu foco principal, houve cobranças relativas ao futebol. Depois da exposição sobre o balanço contábil, um conselheiro questionou ao presidente Marcos Malucelli sobre a manutenção ou demissão do gerente de futebol Ocimar Bolicenho, extremamente criticado por grande parcela da torcida atleticana em especial por supostamente ter indicado e trazido jogadores de baixa qualidade, alguns que já foram inclusive dispensados.

"Primeiramente, o Ocimar não contrata ninguém. A caneta dele não tem tinta pra isso. Todas as contratações foram feitas pelo Diretor de Futebol que é o Valmor (Zimermann)", respondeu o presidente.

Depois de falar sobre alguns jogadores que acabaram não rendendo o que se esperava, mas eram praticamente unanimidade entre a torcida, o presidente lembrou ainda que profissionais com capacidade são raros e caros no mercado e que as críticas na manutenção de Ocimar na gerência de futebol também o afetam, mas que nada impede que a direção ache por bem que o demita, mas que não adiantaria assim o fazer sem ter outro nome para colocar em seu lugar.