O olho do Furacão
4º colocado no segundo turno (5º no geral), o Atlético Paranaense faz sua melhor campanha no Brasileirão dos pontos corridos desde o vice-campeonato, em 2004. Manteve a experiência cadenciada de Paulo Baier, conservou a zaga forte com Manuel e Rhodolfo, Chico é ótimo volante, os laterais jogam o feijão-c0m-arroz e, com a chegada de Maikon Leite, Branqunho e Guerron, o ataque ganhou a alma criativa que há muito tempo faltava na Arena da Baixada. Na reta final, porém, um golpe: Carpegiani foi para o São Paulo. Desastre à vista? Creio que não: Sérgio Soares (43 anos), o escolhido, é excelente treinador, esperava por essa chance há anos e agora tem tudo para decolar na carreira e manter o Furacão em vôo cruzeiro.
Técnico desde 2005, Sérgio Soares só conseguiu ultrapassar a fronteira de São Paulo quando assumiu o Paraná, ano passado. Voltou logo para o Santo André, onde comandou o excelente time que barbarizou no Campeonato Paulista, chegou à final contra o Santos, revelou jogadores em pencas e depois, com a mesma facilidade, desmanchou todo elenco e caminha a passos largos para a Série C.
Com boas idéias táticas, ótimo discurso, sem aquele proselitismo tÃpico de alguns treinadores, bem visto pelos jogadores, com ótima visão do mercado de boleiros e louco para dar certo na profissão, Sérgio Soares tem tudo para se dar bem no Atlético. Basta ter paciência. Sua estreia já será complicada. Hoje, contra o Vasco, Neto, Guerron, Bruno Mineiro e, talvez, Branquinho não jogam. Deixem que ele trabalhe. Vai dar certo. O Furacão continua em ótimas mãos.
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