Arena | sábado, 22 de agosto de 2009, 00h31
Inauguração marca fim de espera de dez anos
A inauguração do setor Brasílio Itiberê inferior marca o fim de uma espera de uma década para a torcida atleticana. Desde junho de 1999, quando a primeira fase do projeto da Arena foi inaugurada, os torcedores passaram a sonhar e planejar a conclusão do estádio – que neste domingo estará parcialmente realizado, com a liberação do anel inferior.
Em 1999, quando foi inaugurada a moderna Arena da Baixada, o plano da diretoria atleticana era de encerrar a fase dois do estádio (com a conclusão total da Arena) em 2001. No entanto, questões judiciais acabaram atrasando o início da obra. O principal empecilho foi a briga judicial para a retirada do colégio Expoente do terreno ao lado, que acabou adiando por muito tempo o sonho da nação rubro-negra.
Litígio com o colégio
A batalha com os donos do colégio Expoente começou antes mesmo da Arena ser inaugurada. Em 1997, quando o Atlético ainda fazia a demolição do antigo Joaquim Américo, o clube comprou parte do terreno anexo ao estádio. O problema começou porque não havia delimitação dos 50% da área que foram adquiridas pelo Atlético – o clube afirmava que era a região ao lado do estádio, mas o outro dono do terreno (que antes pertencia a dois irmãos) dizia que era a área voltada para a Rua Brasílio Itiberê.
A discussão se arrastou por vários anos, com o Expoente sendo inquilino do Atlético por todo este tempo. Em 2005, o Atlético finalmente conseguiu um acordo com o proprietário da outra parte do terreno e comprou toda a área. Pelo acordo, o Expoente cedeu a área onde antes ficavam as quadras esportivas para o Atlético construir arquibancadas móveis, visando a final da Copa Libertadores da América daquele ano – o espaço não foi usado na final da competição, com as arquibancadas móveis sendo utilizadas apenas no clássico Atletiba do Campeonato Brasileiro de 2005.
Apesar do veto da Conmebol para a realização do jogo na Arena, a área nunca mais foi ocupada pelo colégio, que em troca conseguiu negociar com o Atlético sua retirada oficial para dezembro de 2006 – tempo suficiente para a construção de uma nova sede, nas imediações do estádio.
Questão urbanística
Encerrada a discussão com o colégio, a briga passou a ser com a prefeitura de Curitiba, já que foi necessária a mudança na Lei de Zoneamento da cidade, para viabilizar a construção do Expoente há duas quadras da sede atual.
Em janeiro de 2007, o Colégio Expoente começou a desocupação da área onde ficava o colégio, mudando-se para uma nova sede, a uma quadra da Arena. Em maio, o Atlético iniciou a limpeza do terreno vizinho ao estádio. Em nota divulgada no site oficial, o clube informou que o terreno começava a ser preparado com a remoção de todo o entulho. Com essa limpeza na área, o camarote onde tradicionalmente a diretoria atleticana assistia os jogos (o conhecido "pombal") foi demolido e reconstruído em outro local.
O projeto
Em 29 de setembro de 2007, o Atlético apresentou oficialmente o projeto de conclusão da Arena da Baixada. O projeto foi assinado pelo escritório de arquitetura Vigliecca & Associados, de São Paulo e previa a construção de mais 15.375 lugares no estádio, com a Arena chegando à capacidade final de 41.375 lugares.
Depois da apresentação do projeto, o clube ainda demorou mais oito meses para iniciar as obras. Em maio de 2008 os primeiros materiais para a construção do novo setor começaram a desembarcar na Arena da Baixada. Segundo a diretoria do clube, o principal motivador para as obras foi o sucesso do plano Sócio Furacão, que tem o slogan “Com você a Arena fica completa”.
Em 17 de maio de 2008 foram divulgadas as primeiras imagens do início das obras no anel inferior, que será inaugurado neste domingo histórico para o Clube Atlético Paranaense.
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Matéria do site Furacao.com:
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