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Paranaense | segunda-feira, 06 de abril de 2009, 11h15

"Ou gritam o nome de todos ou nenhum", diz Moura

Por: Monique Silva (Furacao.com)

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Rafael Moura dedicou seu primeiro gol a Netinho [foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo]

Autor dos três gols de ontem, na vitória sobre o Iraty, o atacante Rafael Moura concedeu entrevista coletiva aos jornalistas após a partida e comentou sobre a impaciência de alguns torcedores principalmente em relação ao meia Netinho, que vem sendo alvo de duras críticas nas arquibancadas. "Nada mais justo que dedicar um dos meus gols e esta vitória ao Neto, que está passando por dificuldades e vem mostrando o potencial dele. Muitos dizem que ele bate 500 escanteios e aproveitamos três, mas três são gols e saímos vitoriosos. Ano passado, junto ao Galatto e ao Valencia, o Netinho foi uma das peças mais importantes do grupo e a bola parada dele é fundamental", comentou o artilheiro do campeonato.

Com 10 gols assinalados no Paranaense, o atacante aproveitou para dar um recado à torcida. "Tem gente que vem aqui para criticá-lo sem menos ter 10 minutos de partida. É o meu pedido ao torcedor, principalmente naquele grito inicial onde eles saudam todos os jogadores. Entram 11, então ou eles gritam todos os nomes ou nenhum. Isso é ruim para a gente vir e bater de frente com o torcedor, podemos ser mal interpretados, pois a torcida é o nosso 12º jogador. Se eles almejam títulos, que o time volte a ser aquele Atlético vitorioso, muitos são jovens e pegaram o título de 2001 como base, mas nem sempre uma equipe vai ser campeã sempre, mas nós estamos em busca disso, podem ter certeza. Estamos buscando muito não só o título do Paranaense, mas todos que estamos disputando. O torcedor é fundamental, mas quem venha à Arena, os sócios, todos venham nos apoiar, pois eles vão ver uma equipe guerreira e, no final, com título".

Sobre a partida, Rafael Moura destacou o potencial da equipe, que retomou a liderança da competição. "Foi uma noite feliz minha, mas não só minha. O grupo todo mostrou o porquê de ser o líder e ter o melhor ataque e defesa da primeira fase. Hoje, assim como em todos os jogos que até aqui fizemos, fomos colocados em cheque e mostramos o nosso potencial. A meu ver, fizemos uma partida que convenceu e foi muito boa para quem veio assistir. Nos dá confiança para brigar pelo título. Hoje marquei três gols, mas não foi só eu quem deu a vitória. Quando ganhamos, ganha todo mundo, quando perdemos, todos perdem. Hoje quis mostrar ao torcedor o quanto nosso grupo está fechado e eles precisam tomar uma posição em relação a nossa equipe de nos apoiar. Principalmente esse grito inicial, ou gritam o nome de todos ou não precisa gritar de ninguém. Desde o ano passado fizemos um pacto, o nosso grupo é uma família, somos amigos de verdade", resumiu o atacante.

Julgamento

O atacante se mostrou preocupado quanto ao julgamento de suas expulsões contra o Iraty e Londrina, que ainda não foi marcado, e pode comprometer sua presença nos clássicos diante do Paraná Clube e Coritiba, nas próximas rodadas. "Me causa estranheza a questão de não ter sido julgado ainda, mesmo porque o Rhodolfo foi expulso contra o Londrina, a partida que eu cumpri a suspensão do Iraty, e ele já foi julgado. Então não sabemos o porquê disso, a gente vive uma situação bastante complicada. Como jogador prefiro ficar de fora, mas analisando as imagens, na primeira expulsão diante do Iraty, todos viram que o jogador deles não foi expulso, sendo que ele me deu um tapa e cuspiu na minha cara. Na segunda, todos tem a imagem de uma suposta cabeçada, aí já como reincidente e o que preocupa a todos, mas tendo vídeos e todo mundo, eu não fiz movimento. Eu gritei realmente com o outro zagueiro porque eu sou um cara vibrante, que expõe opiniões e dentro de campo dificilmente sou desleal. Sempre busco as jogadas, é uma coisa que me surpreende e me preocupa esse julgamento por causa dos clássicos pra frente e o julgamento sendo nessas semanas me deixa temeroso. Mas tenho certeza de que quem vai me julgar é extremamente competente e vai saber agir. Já fui a alguns julgamentos e já vivi situações parecidas com essas e sempre fui absolvido. Espero ser dessa vez também", concluiu.

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