Geninho é o novo treinador do Furacão

O nome não é conhecido. Eugênio Machado Souto. Mas não tem atleticano que não tenha saudades de Geninho e do título brasileiro conquistado em 2001 pelo Furacão. Nascido em 1948, Geninho não esconde a emoção de voltar à equipe rubro-negra. "Quando eu fui convidado para voltar agora para o Atlético, não pude me furtar. Acho que a equipe precisa de mim e eu não poderia me acovardar", declarou ele, em entrevista exclusiva ao Site Oficial.

Paulista de Ribeirão Preto, Geninho não esconde seu amor pelo Atlético Paranaense e pela torcida. "Depois que eu saí, mesmo quando voltava com outros times eu sempre era aplaudido. Existe um carinho grande entre mim e a torcida. Tenho certeza que isso irá permanecer", complementou ele. Geninho foi jogador de futebol (começou como goleiro em 1966) e iniciou a carreira de treinador em 1984.

O novo treinador do Furacão chega em Curitiba no sábado pela manhã e será apresentado ao grupo. Ele acertou com o Furacão no final da tarde de hoje e tem contrato fechado até o término do Campeonato Brasileiro.

O que te motivou a aceitar essa proposta de voltar a conduzir o Atlético Paranaense?
Primeiro voltar para casa, para o lugar onde você sabe que será bem recebido. Quero voltar a corresponder a este Clube e a uma torcida que sempre teve confiança em mim. Vou trabalhar para tirar o Atlético Paranaense da situação em que está. Não será fácil, mas o torcedor tem consciência da situação atual. Teremos que fazer 14 jogos com aproveitamento médio de 60% para atingirmos um número que nos dê condições de sairmos dessa situação.

A torcida pode acreditar numa recuperação?
A esperança é grande. Com todo mundo unido, desde comissão técnica, até torcida, jogadores e direção, poderemos trabalhar todos juntos pela recuperação na tabela de classificação.

Você conhece os jogadores que terá para atuar?
Tenho acompanhado os jogos do Atlético Paranaense no Campeonato Brasileiro. Conheço alguns jogadores. Tenho mais contato com o trabalho do Moraci Sant´Anna - fomos campeões paulistas juntos pelo Corinthians em 2003.

A imprensa sempre diz que Geninho não voltava porque tinha problemas com o presidente Mario Celso Petraglia. Até onde a afirmação era verdadeira?
Não tem verdade nisso. Fui convidado em outras duas oportunidades para dirigir o Atlético Paranaense depois que saí em 2002. Uma em 2004, mas não aceitei porque estava na Arábia Saudita. Outra em 2007, no ano passado, mas tinha acabado de acertar com o Sport e achei que não era a hora. Nunca houve animosidade. Quando saí em 2002 foi porque não houve um acerto para a continuidade. Nunca houve problema entre nós dois. Apenas não trabalhamos mais juntos.

Por que agora era a hora?
Esse convite eu não poderia deixar de atender. Este é o Clube que me deu as maiores alegrias e hoje precisa da minha ajuda. Não poderia deixar de aceitar esse desafio. Não poderia ser covarde e fugir. Sei que a situação é complicada, que é difícil, mas eu não iria deixar o Atlético nessa hora. Aqui eu conquistei o maior título de minha carreira, que foi o de campeão brasileiro. Sei que o risco é grande agora. É um risco dizerem depois que o time caiu nas mãos do Geninho. Mas não poderia me omitir. O Atlético precisa de mim!

É um dos maiores desafios de sua carreira?
Creio que sim. Chegarei no Furacão com o pensamento e o objetivo de evitar a queda no Brasileiro. O risco pode até ser grande, mas vou dar todo o meu trabalho e minha dedicação. Vou dar o meu melhor.

O que você espera deste novo trabalho no Atlético Paranaense?
O apoio da arquibancada, que sempre tive. Essa energia positiva e o empenho fora de campo que farão com que o grupo tenha melhores resultados. Isso para mim é fundamental. Farei o meu melhor trabalho!