Na primeira decisão na nova Arena, Furacão levou a melhor [foto: arquivo]
Na sexta reportagem da série "Atletibas memoráveis", chegou a hora de relembrar a conquista de 2000, no primeiro título atleticano na nova Arena.
O ano de 2000 foi histórico para o Atlético: pela primeira vez, o Furacão disputaria a Copa Libertadores da América, torneio interclubes mais importante do continente. Após uma primeira fase irretocável, em que terminou invicto e com 5 vitórias em 6 jogos, o Atlético foi eliminado nas oitavas-de-final dentro da Baixada, nos pênaltis, pelo Atlético Mineiro.
O Furacão disputou mais dois torneios importantes no primeiro semestre daquele ano: a Copa Sul-Minas e a Copa do Brasil. Porém, o Rubro-Negro foi eliminado em ambas e também por equipes mineiras: o Cruzeiro foi o algoz atleticano na Copa do Brasil, enquanto o América eliminou o Atlético na Sul-Minas, novamente na cobrança de penalidades. A salvação do semestre poderia vir no Campeonato Estadual.
Contando com praticamente a mesma equipe que venceu a Seletiva da Libertadores no ano anterior (título que rendeu a classificação inédita para a Libertadores), o Furacão era uma das equipes mais fortes do país. O destaque era para o quarteto ofensivo, batizado de “Quadrado Mágico”: Adriano, Kelly, Lucas e Kléber.
O Atlético chegou até a decisão com apenas uma derrota. Destaque para a semifinal: duas vitórias tranqüilas sobre o Paraná Clube, 3 a 0 e 3 a 1. A vantagem na final era atleticana. Após o empate no primeiro jogo no Couto Pereira por 1 a 1, gol de Adriano, bastava mais um empate para o Atlético se sagrar campeão estadual.
Gustavo fez o gol que garantiu a festa atleticana [foto: arquivo]
Após um primeiro tempo sem gols, o Coritiba assustou no início da segunda etapa. Aos 6 minutos, Leandro Tavares marcou o gol que daria o título para os alviverdes. Precisando de um gol para reverter a situação adversa e contando com o apoio da torcida que lotou a Arena, o técnico Vadão realizou substituições que visavam dar maior ofensividade ao Rubro-Negro: tirou o volante Goiano para a entrada do meia Silvinho e sacou o lateral Jorginho Paulista para a entrada do atacante Gilson Batata. Porém, o grande salvador atleticano foi um zagueiro. Aos 32 minutos, Gustavo cabeceou para os fundos das redes do goleiro Gilberto, decretando o empate que bastava para a festa atleticana. Na comemoração, extasiado, Gustavo tirou a camisa e foi expulso pelo árbitro Oscar Roberto de Godoi. Mas a expulsão não prejudicou a festa rubro-negra. Pela primeira vez, o Furacão comemorava um título na nova Arena da Baixada, inaugurada um ano antes, em 1999.
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