Bocão!
por NÃlson Borges
Foi o ServÃlio, da Portuguesa, quem me botou esse apelido de Bocão. Isso começou na Portuguesa por causa do meu sorriso. Mas no começo eu não gostava do apelido, até comprei um canivete e furava os caras quando eles me chamavam de Bocão.
Uma vez, nós fomos jogar numa excursão na BolÃvia, ficamos um mês lá, e eu comprei um canivete. Na volta, paramos em Corumbá. E nós (jogadores da Portuguesa) fomos para a beira do rio, num restaurante e começamos a beber. Quando chegou dez horas, desligaram o gerador da cidade e ficou tudo escuro. Aà fomos voltar para o hotel e quando estávamos andando na praça o Nilton Rena, jornalista da Gazeta Espotiva, começou a gritar: "Bocão! Bocão!". Eu cheguei por trás dele, abri o canivete e dei na bunda dele. Abriu um talho desse tamanho no cara.
O Sicupira também já tomou umas bordoadas por causa disso. Ele trabalhando na rádio e me gozando, falando Bocão. Eu avisei: "Vou te pegar". Aà quando eu estou saindo da Baixada e ele na minha frente. Eu dei um tapa nas costas dele, ele tomou um susto, olhou com os olhos esbugalhados. Eu digo: "Fala agora!".
Mas antigamente só que eu ficava nervoso, ficava brabo. Agora não tem mais jeito. Até minha neta me chama assim, de vô Bocão.
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