Alan Bahia foi o volante que mais atuou na temporada [foto: PR PRESS/Giuliano Gomes]
Para um time que sofreu 98 gols em 65 jogos, e que teve o goleiro como um dos principais jogadores em campo em quase todas as partidas, conclui-se que o sistema defensivo foi falho. E, por sistema defensivo, entende-se além dos zagueiros, os volantes, que têm a função de dar o combate ao ataque adversário ainda na intermediária do campo.
No Atlético, sete jogadores atuam nessa posição: desde o jovem Chico, recém-promovido do juniores, até os experientes Alan Bahia e Marcelo Silva, contratado nesta temporada. Em comum, todos têm um aspecto: renderam exatamente o mesmo que o time nos campeonatos. Ou seja, quando o Atlético esteve bem, eles jogaram bem; mas quando o time não correspondeu em campo, as atuações dos volantes foram desastrosas. A pergunta que fica é: o time jogava bem por que os volantes jogavam bem, ou os volantes jogavam bem por que o time correspondia? A resposta provavelmente seja as duas coisas.
ALAN BAHIA:
O pequeno Alan Bahia foi um dos jogadores que mais atuou no Atlético na temporada 2006. No total, o jogador esteve em campo em 55 jogos (14 no Paranaense, 2 na Copa do Brasil, 31 no Brasileiro e 8 na Sul-Americana), tendo marcado nove gols (quatro no Paranaense e cinco no Brasileiro). Suas atuações alternaram em altos e baixos durante a temporada. Normalmente, seu rendimento coincidia com o desempenho do time em campo. Foi vencedor de dois troféus Furacao.com em 2006 (nos meses de janeiro e fevereiro).
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Marcelo Silva era um dos mais experientes do grupo [foto: PR PRESS/Giuliano Gomes] |
ANDRÉ ROCHA:
Com poucas oportunidades no time do Atlético em 2006, André Rocha deve se agarrar na esperança de que “a última impressão é a que não fica”. Isso porque atuou em apenas quatro jogos do time no ano – o último deles, na goleada por 5 a 0 para o Botafogo, na Kyocera Arena. Naquele jogo, saiu no intervalo (quando o time já perdia por 3 a 0). Desses quatro jogos, em um atuou improvisado na lateral-direita – contra o Grêmio, no Rio Grande do Sul. Depois da chegada de Evanílson (e com outras opções no elenco para a posição) não teve outras oportunidades.
CHICO:
Garoto de destaque das categorias de formação do Atlético, Chico teve em 2006 sua primeira oportunidade no time principal do Rubro-negro, sob o comando do técnico Vadão. Atuou em apenas três partidas, mas já tem no currículo experiência internacional. Sua estréia foi em 12 de novembro, na derrota para o Grêmio por 3 a 2. Jogou, ainda, na derrota por 4 a 1 para o Figueirense e na derrota por 1 a 0 para o Pachuca. Ainda não conheceu vitórias com a camisa principal do Furacão, feito que espera obter em 2007, atuando ou como volante, ou na lateral-esquerda, ou na zaga. Seu nome foi uma das surpresas de Vadão na lista da Copa Sul-Americana, substituindo o meia Fabrício.
CRISTIAN:
Se existe um nome que pode representar exatamente o que foi o Atlético em 2006, esse nome poderia ser Cristian. Quando a fase do time foi boa (no curto período entre o jogo da Sul-Americana contra o Paraná até o jogo contra o Vasco, pelo Brasileiro), Cristian brilhou. Suas melhores atuações coincidem justamente com as melhores atuações do time na temporada – nos jogos contra Paraná, River Plate, Nacional e Vasco. Ao todo, ele esteve presente em 49 jogos no ano (13 no Paranaense, um na Copa do Brasil, 27 no Brasileiro e oito na Sul-Americana), tendo marcado cinco gols (um no Paranaense, três no Brasileiro e um na Sul-Americana).
ERANDIR:
Depois de integrar o elenco campeão brasileiro em 2001, Erandir voltou ao Atlético e foi peça muito mais presente no time titular. Alternando ora como volante, ora como terceiro zagueiro, o “da sobra”, ele jogou 50 partidas na temporada (12 no Paranaense, três na Copa do Brasil, 29 no Brasileiro e seis na Sul-Americana), tendo marcado dois gols – um no Paranaense e um na Copa do Brasil.
MARCELO SILVA:
Marcelo Silva foi contratado pelo Atlético no mês de maio, vindo do Goiás. Apesar de não citar nomes, o técnico Givanildo Oliveira pediu a contratação de um cabeça-de-área e o jogador foi visto pela diretoria como ideal para esta posição. No entanto, sequer teve chance de atuar sob o comando de Givanildo. Sua estréia foi no dia 23 de julho, na derrota por 2 a 1 para o Vasco, sob o comando do técnico interino Privati. No Atlético, Marcelo Silva atuou em apenas 23 jogos (18 no Brasileiro e cinco na Sul-Americana), tendo marcado dois gols, ambos no Brasileirão.
MARCUS WINÍCIUS:
Emprestado ao Bragantino no início do ano, retornou ao clube ao final do Campeonato Paulista. No time de Bragança Paulista, foi titular em várias partidas do Paulistão, fato que não se repetiu no Rubro-negro. Nesta temporada, ele não participou de nenhum jogo do time principal do Atlético, tendo disputado apenas os jogos do time B, na Copa dos 100 anos.
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