O nome de Oswaldo Alvarez traz sentimentos antagônicos para o torcedor atleticano. Ao mesmo tempo em que lembra o fracasso do time sob o seu comando em 2003, os torcedores se recordam também da excelente passagem de Vadão no clube na temporada 99-2000, quando levou o Atlético ao título da Seletiva, uma campanha sensacional na primeira Libertadores da América disputada pelo clube, culminando com o título de Campeão Paranaense de 2000, em cima do rival Coritiba.
Somadas as duas passagens que teve no Atlético, Vadão comandou o Rubro-negro em 102 partidas oficiais, acumulando 48 vitórias, 24 empates e 30 derrotas – aproveitamento de 54,9%. Ele comandou o time ainda no amistoso do Atlético contra a Seleção Brasileira Sub-20, em 2003, quando o Furacão venceu por 3 a 1.
1999-2000: Uma passagem de conquistas
Os primeiros capítulos da história de Osvaldo Alvarez no Atlético começaram a ser escritos em 1999. Ele chegou para comandar o time no
Campeonato Brasileiro daquele ano, substituindo Antonio Clemente, tendo no currículo passagens por equipes do interior paulista. Sua estréia foi na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, no estádio Olímpico. A desconfiança inicial da torcida foi, aos poucos, sendo substituída por confiança, com uma boa campanha do time no Brasileirão, não conseguindo a classificação entre os oito finalistas apenas por causa de um jogo terrível contra o Botafogo, de Ribeirão Preto. Dos 21 jogos do time na competição, o Atlético venceu nove, empatou quatro e perdeu oito, marcando 36 gols e sofrendo 31, ficando em 9º lugar.
Mas foi na
Seletiva para a Libertadores (competição que definiria o terceiro representante brasileiro para a Copa Libertadores de 2000) que Vadão mostrou toda a sua capacidade e o bom desempenho do time. Em partidas eliminatórias, o Rubro-negro jogou dez vezes, com cinco vitórias, um empate e quatro derrotas. A equipe marcou vinte gols e sofreu quatorze, tendo Lucas como principal artilheiro, com cinco gols. Um a um, o Furacão foi eliminando seus adversários rumo à primeira Libertadores de sua história: Portuguesa, Coritiba, Internacional, São Paulo e, finalmente, o Cruzeiro, carimbando o passaporte para a competição mais importante do continente.
Em 2000, debutando na
Libertadores, o Furacão Paranaense formado pelo “quadrado mágico” – com Adriano, Lucas, Kleber e Kelly, brilhou na Libertadores. Comandado por Vadão, o Atlético terminou a primeira fase da competição invicto, com a melhor campanha entre todos os participantes (em seis jogos, foram cinco vitórias e um empate, marcando 11 gols e sofrendo apenas dois). No entanto, o time não conseguiu passar das oitavas-de-final, sendo eliminado nos pênaltis pelo Atlético Mineiro.
Terminado o sonho da Libertadores, Vadão teve ainda tempo de levar o Atlético à conquista do
Campeonato Paranaense. Em 21 jogos, o time teve 15 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota, obtendo um aproveitamento de 79%. Na final, contra o rival Coritiba, dois empates premiaram a excelente campanha do time em todo o primeiro semestre. E, com a faixa de campeão no peito, Vadão foi tentar a sorte no Corinthians, de São Paulo.
2003: Um retorno sem o mesmo brilho
Depois de passagens por Corinthians, São Paulo, Ponte Preta e Bahia, Vadão voltou ao Atlético em 2003, substituindo Heriberto da Cunha no comando no time. Sua reestréia no comando atleticano foi no dia 19 de fevereiro, no empate por 2 a 2 contra a Tuna Luso, no Mangueirão, pela Copa do Brasil. Depois de ver o Atlético fracassar na
Copa do Brasil (foi eliminado na 2ª fase, pelo Sport) e fazer uma campanha muito ruim no
Brasileirão, principalmente nos jogos fora de casa, quando não conseguiu nenhuma vitória durante todo o primeiro turno, Vadão foi dispensado pelo clube no dia 03 de agosto, na derrota por 2 a 1 para o Vasco da Gama, em São Januário.
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