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Futebol | sábado, 22 de julho de 2006, 15h05

Martelo batido: Vadão assume o Atlético

Por: Furacao.com

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Vadão: "É um elenco relativamente jovem, mas que tem qualidade e precisa reagir" [foto: GPP/arquivo]

Às 14h15 deste sábado, a diretoria do Atlético tornou oficial o que todos sabiam desde a noite de sexta-feira. Oswaldo Alvarez, o Vadão, é o novo técnico do Clube Atlético Paranaense. Ele foi contratado ontem mesmo, logo após o pedido de demissão de Givanildo Oliveira. O antigo treinador atleticano entregou seu cargo no início da tarde, por volta das 15h30. O acerto com Vadão ocorreu rapidamente pelo fato de ser um antigo conhecido da diretoria atleticana. O técnico trabalhou no clube entre 99 e 2000 e em 2003. Conhece bem o CT do Caju, os funcionários e a imprensa paranaense. Não foi necessário discutir muitos detalhes. Acertada a questão salarial, o martelo foi batido.

Oswaldo Alvarez dirigiu o Atlético em mais de 100 partidas. Assumiu o Atlético no segundo semestre de 1999, dirigindo o time durante todo o Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro ficou em nono lugar, fracassando na meta de se classificar para o mata-mata. Porém, o time se superou e venceu a Seletiva da Libertadores de 99. No ano seguinte, Vadão comandou o Atlético na sua primeira participação na Libertadores e foi campeão paranaense vencendo o Coritiba na final. Com os bons resultados, acabou sendo contratado pelo Corinthians logo após o término do Paranaense.

Vadão voltou ao Atlético em 2003. Foi contratado em fevereiro para substituir Heriberto da Cunha, que se revelou um grande fracasso. Na época, ele retornou ao clube com grande respaldo dos torcedores. Mas com Oswaldo Alvarez de volta ao comando, o Atlético não engrenou. Ele lançou jogadores importantes como Fernandinho e Jadson, mas o time não conseguia vencer fora da Baixada. O Rubro-Negro fez uma campanha medíocre no Brasileiro e Vadão foi demitido depois do último jogo do primeiro turno, contra o Vasco, em São Januário. "O Vadão tentou muito, mas não conseguiu. É uma pessoa amiga nossa, mas o resultado não está acontecendo e então vamos trocar", disse Mario Celso Petraglia à época do anúncio de sua demissão.

Retorno

Agora, Vadão retorna para sua terceira passagem pelo Atlético. Garante que desta vez está mais preparado. "Eu estou mais experiente, porque a cada ano e a cada trabalho você evoluiu. Comandei nesses últimos anos várias equipes em formação e é esse o perfil do Atlético hoje", assegurou ele em entrevista ao site oficial do clube.

O treinador disse que é uma satisfação imensa retornar ao Atlético, clube onde ele diz que se sente em casa. Para Vadão, o elenco atual atleticano é bom, mas precisa de confiança e afirmação. Ele já trabalhou com vários jogadores desse time e confia no poder de recuperação dos atletas. "É um elenco relativamente jovem, mas que tem qualidade e precisa reagir", afirmou.

Carreira

A carreira de Vadão começou no início da década de 90, quando dirigiu o Mogi Mirim. Naquela ocasião, montou o time que ficou conhecido como "Carrossel Caipira" e que contava com jogadores como Rivaldo, Válber, Leto e Capone.

Apesar do grande sucesso do esquema 3-5-2, Vadão não foi contratado imediatamente por um grande clube. Sempre considerado pelo então comentarista Mário Sérgio (técnico do Furacão em 2001) o melhor treinador em atividade no país, Vadão dirigiu equipes do interior paulista, como o Guarani, antes de atingir destaque em uma equipe de ponta.

Esse momento ocorreu justamente em 1999, quando foi contratado pelo Atlético e conquistou a Seletiva da Libertadores, em 99. No ano seguinte, fez uma boa campanha na Libertadores, mas o Rubro-Negro foi eliminado nas oitavas-de-final na disputa de pênaltis. O sucesso do Atlético foi também o sucesso de Vadão. Convidado pelo Corinthians, transferiu-se ao clube de segunda maior torcida do país. Depois, dirigiu o São Paulo, onde foi campeão do Rio-São Paulo e lançou o meia Kaká. Passou ainda pela Ponte Preta antes de retornar ao Furacão, em 2003.

Entre 2004 e 2005, dirigiu o Bahia, novamente a Macaca e esteve no Verdy Tokyo, do Japão. Seu último clube foi a Ponte Preta, na sua quarta passagem, de onde foi demitido antes da paralisação do Brasileiro.

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