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Libertadores | sexta-feira, 24 de junho de 2005, 10h27

Jogadores do Chivas deixaram estádio desolados

Por: Furacao.com

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Palencia, de unhas pintadas: nenhum resultado é definitivo no futebol [foto: REUTERS]

Os jogadores do Chivas Guadalajara não puderam disfarçar o abatimento após a derrota por 3 a 0 para o Atlético na noite desta quinta-feira na Kyocera Arena, pelo jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores da América. Mesmo com vários desfalques, os mexicanos esperavam realizar uma boa atuação e estavam confiantes até em uma vitória. Mas em lugar disso, foram obrigados a retornar para casa com uma derrota elástica e agora terão muito trabalho no jogo de volta.

A saída dos mexicanos da Kyocera Arena foi custosa. O vestiário só foi aberto uma hora depois do final da partida, ocasião em que os atletas concederam entrevistas para os jornalistas. Além dos repórteres mexicanos (de emissoras de televisão como ESPN e Televisa e de diversos jornais e rádios), havia representantes de apenas dois veículos brasileiros: o fotógrafo Jader da Rocha, da Revista Placar, e a equipe da Furacao.com.

O primeiro a sair do vestiário em direção ao ônibus foi o atacante Oribe Peralta. Com voz baixa e totalmente abalado, ele tentava disfarçar a tristeza pela derrota. "Cometemos muitos erros, mas agora não dá para lamentar. Esse resultado pode ser revertido e em Guadalajara temos de estar mais concentrados. Será uma partida complicada, mas teremos quatro dias para trabalhar", disse Peralta, que foi substituído por Marco Parra no segundo tempo.

"Eles jogaram melhor do que nós e não podemos fazer nada quanto a isso. Agora teremos mais 90 minutos e lutaremos até o final", afirmou o zagueiro Francisco Rodríguez. Para ele, o resultado da partida não representou o que foi o jogo. Ele considerou que os 3 a 0 foram exagerados. "Foi uma partida equilibrada, mas cometemos alguns erros que não se podem cometer", disse. Um jornalista mexicano lembrou que o Chivas já reverteu situações complicadas recentemente, mas Rodríguez preferiu não se apoiar em fatos do passado. "É verdade, temos alguns antecedentes em casa, mas de nada adianta falar do passado. Temos de pensar no presente e enfrentar esse problema", comentou.

O atacante Francisco Palencia, astro do Chivas, foi o último a deixar os vestiários. De unhas pintadas de preto, cabelos longos e botas brancas, Palencia demonstrou ser um autêntico representante da nova geração de jogadores preocupados com o visual, da qual o inglês David Beckham é o principal representante. Mesmo de cabeça baixa e expressando tristeza, Palencia teve o discurso mais otimista. "O jogo foi muito intenso e não considero que uma equipe tenha sido muito superior a outra. Fomos vítimas de nossos próprios erros", observou. Ele disse que teve espaço para jogar, ao contrário do que imaginava antes da partida, mas mesmo assim o time não levou sorte nas conclusões. Palencia acredita que nenhum resultado é definitivo no futebol e que o Chivas pode se recuperar no jogo de volta.

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