Clube será julgado pelo episódio do copo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgará o Clube Atlético Paranaense nesta sexta-feira por evento ocorrido no jogo contra o Criciúma, disputado na Arena da Baixada há dez dias (domingo, 14/11). Nos minutos finais daquele jogo, após o quinto gol atleticano, o goleiro Roberto entregou ao árbitro Wagner Tardelli um copo plástico transparente de 500 ml.

Imediatamente, um torcedor suspeito de ter arremessado o copo foi detido, bem como seu irmão, que reagiu à prisão do primeiro. Os dois foram encaminhados à Polícia Militar, que tomou as medidas cabíveis. Além disso, foi lavrado um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

Na súmula do jogo, o árbitro Tardelli relatou o seguinte:

Aos 42 minutos da 2.ª fase me foi entregue pelo goleiro da equipe do Criciúma um copo vazio de plástico de 500 ml. Acrescento que não observei se tal objeto foi arremessado, atirado ou apenas encontrado, como diz ele (o goleiro), próximo ou dentro de campo.

Mesmo assim, com o relato informando que o copo foi apenas encontrado no gramado (e não há qualquer imagem de que tenha sido arremessado), o clube foi indiciado com base no art. 213 do CBJD ("Deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos") e será julgado pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD, correndo o risco de novamente ser punido com a perda de mando de campo.

Apesar de não se poder garantir o resultado de um julgamento, o Atlético confia na absolvição, uma vez que há diversos fatores que convergem para a absolvição do clube: a) sequer existe confirmação de que o copo tenha sido atirado ao gramado; b) trata-se de um fato absolutamente isolado e copo plástico vazio não ameaçou a integridade física de qualquer integrante do evento esportivo, ou seja, não houve "desordem" na praça de desportos; c) o clube tomou todas as medidas necessárias para previnir (folhetos, avisos pelo sistema de som, monitoramento por câmeras de vídeo, orientação através da Comissão de Atendimento ao Torcedor) e, principalmente, para reprimir (retirada do estádio do torcedor acusado de arremesso do copo e seu encaminhamento à Polícia) o suposto fato causador de desordem.