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por Juliano Ribas
Ninguém desaprende a jogar bola. Um jogador que já passou da idade, tudo bem, não consegue fazer mais as coisas que fazia. Mas seu raciocÃnio é o mesmo e à s vezes até mais apurado. O corpo é que não responde. Mas jogadores jovens e que não têm problemas fÃsicos (aà nem teriam que jogar) não podem ter gratuitas quedas de rendimento. Algo está errado.
É de se observar com atenção a queda de rendimento do jovem Jadson. E, por conseguinte a queda de todo o time do Atlético. Não adianta. O talento do meia que distribui o jogo e envolve o adversário, que pressente a jogada que dará certo, é fundamental. O Jadson faz isso no time do Atlético. Ou fez. O que explica o futebol menos brilhante que nosso garoto de ouro vem apresentando?
Não sou do meio do futebol e nem estou todo dia no CT do Caju, portanto não posso por meio da observação chegar a conclusões. Mas na observação direta, do jogo, percebe-se a necessidade da volta do futebol de Jadson. A contestada mudança de Jadson por Adriano feita por Levir foi acertada. Se eu fosse técnico e meu principal meia não estivesse apresentando o futebol que consegue ter, e, se eu olhasse para o banco e uma das opções fosse o Adriano, o Grande Gabiru, obviamente o colocaria em campo. Felizmente não sou técnico e nem tenho talento para tal, mas defendo Levir quanto a isso. Dizem que ele está sem ritmo, ainda sem pique. Mas é Adriano. Tem lugar no time. Quando entrou, pelo menos ganhamos em movimentação.
Imaginemos: um jovem rapaz, bom de bola, começa a ser destaque na principal competição do calendário. Elege-se um novo Ãdolo da torcida, imprensa dispara loas e flashes. Este rapaz nunca fora tão observado e sobre ele nunca se criou tanta expectativa. Participações em programas esportivos em São Paulo e até na MTV. Sua cabeça pode não acompanhar tudo isso, não? Faz parte da imaturidade emocional que todos temos aos 19-20 anos. Precisa-se ter olho não só no Jadson jogador, mas também no Jadson pessoa, recém saÃdo da adolescência, insensado, elogiado, porém um garoto.
Adriano, se nenhuma especulação de negociação se confirmar, joga nesse time. Ele também não desaprendeu a jogar bola. E tem o preparo emocional para ser o 8 dessa equipe. 1 + 7 na camisa dele não combina. Não sei se tirar Jádson do time titular para colocar Adriano ajudaria. Se daria uma chacoalhada no Jadson. Mas é importante que ele volte a mostar o que sabe. Principalmente ele. Jadson com Adriano, ambos bem e juntos, seria de incendiar.
Mais que incoerência
Rendeu muita reclamação os aparatos festivos nas mãos da torcida do Palmeiras e sua ausência nas mãos da torcida organizada do Atlético. Ao conversar com meu amigo Paulo Kotze, ele ressaltou a necessidade de se falar dessa incoerência da diretoria. Não acho que foi apenas incoerência. Acho mais, acho que antes de tudo foi uma injustiça. Justiça aplica-se igualmente à todos. Mas a venda que cobre os olhos da "Themis" caiu, ela olhou só para a torcida verde que estava do outro lado. Lamentável uma torcida verde ter concessões em nossa casa e nós, os donos, não.
Dou aqui o meu sincero apoio a torcida organizada Os Fanáticos. Que a diretoria atleticana estude essa situação e chegue a esta conclusão: divergências, sim; injustiça, nunca. Por mais que a torcida não esteja de acordo com certas filosofias dos diretores, esse fato não deveria ter acontecido. Regras devem ser iguais para todos. Se no pavimento inferior não é permitido parafernália, então não é em toda extensão do estádio. E ponto final.
Juliano Ribas é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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