O Atlético marcou seis gols pela primeira vez desde que foi inaugurada a nova Baixada, em 1999. Foi uma vitória para ficar marcada na memória do torcedor. Os atacantes Kléber, Alex Mineiro e Adauto foram os autores dos gols e responsáveis pela proeza.
Mesmo jogando às 18 horas, o público foi de 10.400 pagantes, que viram um jogo emocionante e histórico. O primeiro gol saiu aos 30 minutos do primeiro tempo, com o artilheiro Kléber. O zagueiro Carlinhos tentou cortar e acabou alçando a bola em sua própria área. Kléber não perdoou e, de cabeça, encobriu Emerson. Alex Mineiro, onze minutos depois, ampliou para 2 a 0. Kléber fez linda jogada na área e tocou de letra para Alex, que teve tranqüilidade para bater no canto do goleiro.
Numa partida bastante disputada no meio de campo e com muitas faltas, o Bahia marcou seu primeiro gol aos 44 minutos da primeira etapa. O zagueiro Jean Elias, campeão brasileiro da Série B em 95 no Atlético, cobrou falta com força e diminuiu o marcador.
O jogo esquentou no segundo tempo e, logo aos 16 minutos, Ramos empatou para a equipe nordestina. Nem tentou cortar e acabou tirando para o centro da área. O meia do Bahia bateu rasteiro, sem chances para Flávio. Como este resultado não interessava, o rubro-negro voltou a buscar a vitória, mas com poucas chances de marcar.
Foi quando o atacante Kléber, aos 23 minutos, quase sem ângulo pela direita, cruzou a bola que foi direto pro gol. Um golaço que levantou a torcida atleticana que havia chegado a ensaiar um grito de "raça" aos 20 minutos.
Mas o time do técnico Evaristo de Macedo não estava morto e, aos 33 minutos, empatou novamente. Nem deu um carrinho na área e cometeu pênalti em seu velho desafeto Preto. O próprio volante foi encarregado da cobrança e não desperdiçou a chance de empatar. O jogo voltou a ficar truncado e bastante perigoso para o rubro-nbegro, que sofria ataques constantes do Bahia, obrigando o goleiro Flávio a fazer grandes defesas.
Quando todos esperavam uma substituição que viesse a segurar o ataque adversário, o técnico Geninho tirou de campo o volante Cocito, colocando o atacante Adauto em seu lugar.
Um minuto após sua entrada, Adauto colocou o rubro-negro novamente a frente no placar, 4 a 3. Dos 39 minutos em diante só deu rubro-negro em campo. O Furacão da Baixada varreu os baianos. Aos 41, Alex Mineiro mostrou raça e técnica. Primeiro, roubou a bola do zagueiro. Depois, deu um passe primoroso para Kléber. O artilheiro invadiu a área e deu um tapa na bola, deslocando Emerson e marcando mais um golaço.
Mas a goleada ainda não estava sacramentada. Ainda faltava mais um show de Alex Mineiro. Ele aproveitou um passe errado do lateral Jefferson na meia-cancha, avançou ao ataque, driblou Emerson e ficou com o gol aberto para tocar de esquerda e correr para o abraço. Na comemoração, o atacante tirou a camisa, colocou-a no solo sagrado da Baixada e beijou o manto rubro-negro, levando a torcida ao delÃrio.
Com o belo resultado, o Atlético garantiu a classificação antecipada para as quartas-de-finais.
Brasileiro - (07/11/01) - Atlético 6 x 3 Bahia - Baixada A: Wagner Tardelli Azevedo (RJ); CA: Alex Mineiro, Nem, Daniel, Ramalho, Preto e Ramos; P: 10.411; R: R$ 141.107,00; G: Kléber, aos 27, Alex Mineiro, aos 39 e Jean Elias, aos 43 do 1°; Ramos, aos 15, Kléber, aos 22, Preto, aos 32, Adauto, aos 39, Kléber, aos 41, e Alex Mineiro, aos 44 do 2°.
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| ATLÉTICO: Flávio; Alessandro, Gustavo (Daniel), Nem, Igor e Fabiano; Cocito (Adauto), Kleberson e Souza (Adriano); Alex Mineiro e Kléber. T: Geninho. |
| BAHIA: Émerson; DenÃlson (Mantena), Carlinhos, Jean Elias e Jéfferson; Preto, Ramos, Bebeto (Capixaba) e Ramalho; Marcus VinÃcius (Kena) e Alex Alves. T: Evaristo de Macedo. |
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