"É uma coisa muito pequena. Um acerto com o Adriano seria bom para o Atlético também, que o teria na vitrine da Libertadores. Mas tem gente que pensa pequeno.” Palavras proferidas por Domingos Moro, vice-presidente do Coritiba.
Então o Atlético reluta em ceder um atleta que ainda está vinculado ao clube ao seu maior rival e é tratado como time de pensamento pequeno? Na lógica alviverde, o Coritiba é Brasil na Libertadores e seus rivais devem ajudá-los?
Engraçada a capacidade do ser humano em fazer valer argumentos somente quando estes lhe trazem benefÃcios. O time da colônia tirou de dentro da concentração do CT do Caju um ex-Ãdolo seu, o atacante Cléber, cujos valores pagos ao time espanhol até hoje contabilizam um grande furo nas finanças coritibanas e não foi tratado como time pequeno.
Estranho também é perceber que o porta voz do atual campeão paranaense não acha errado seu time ter um estádio com capacidade para mais de 40 mil pessoas e fornecer pouco mais de 5 mil ingressos para a torcida atleticana em clássicos.
Causa-me espécie ler isso de um dirigente, cujo time chegou a picardia barata de expor milhares de atleticanos a um bombardeio de pedras, sacos com urina e pedaços de cano em um Atletiba no Couto Pereira, simplesmente por terem colocando a torcida rubro-negra abaixo dos verdes.
Que deve-se lutar, no bom sentido, argumentar pelo bem do próprio time, não há nenhuma dúvida, nem nada de errado. Mas valer-se de argumentos pÃfios e baratos para iludir o torcedor é perder a credibilidade e forçar a barra.
Juarez Villela Filho
Colunista da
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