E alguém já estava prevendo: Cruzeiro na cabeça. Mesmo assim aquela velha esperança ainda batia no peito, e quem sabe o Atlético não acabaria por surpreender a Raposa. Ilusão, pura ilusão quando vemos um time imaturo e desorientado. Sem técnica, sem vontade e com muita displicência, o furacão tremeu diante do forte e bom time do Cruzeiro, levou quatro bofetões e mais uma vez nos envergonhou.
Além do mal intencionado árbitro Romildo Corrêa, outras peripécias nos tiraram do sério, em especial nosso centroavante Ilan. Observando os passes errados e pouca vibração, chegamos ao desespero quando nosso camisa 9 perdeu o gol mais feito da nova Arena. Imediatamente lembrei do meu irmão, quando por várias vezes tentei lhe dizer que Ilan havia mudado. “Júnior, olha eu aqui, me curvando às suas críticas: Ilan não possui só frieza, o cara é ruim mesmo!”.
De resto, algumas peças são esforçadas. Adriano, embora muito diferente daquele Gabiru que conhecemos, Douglas, um gigante e guerreiro, e Fernandinho, um craque. E agora professor Mário Sérgio? De novo, o mesmo filme? Prefiro não tentar adivinhar o final. Por enquanto o futuro é incerto desde a formação de um grande time até o sonho da conclusão da Arena, pelo menos na minha opinião, tudo incerto e duvidoso.
Só tenho uma certeza, o Atlético não perdeu apenas por falha do árbitro ou para o Cruzeiro, melhor time do Brasil. Perdeu para si mesmo, e a imagem do presidente Petráglia abrindo os braços e desesperadamente pedindo calma aos jogadores reflete a desordem e um gostinho de “fundo de poço” que nós, atleticanos, começamos a viver.
Rogério Andrade
Colunista da
Furacao.com
coluna@furacao.com
Os textos de opinião não representam necessariamente o pensamento da Furacao.com. O autor do artigo se responsabiliza integralmente por seu conteúdo. Comentários devem ser enviados diretamente ao autor, através do e-mail acima indicado.
© Furacao.com. Todos os direitos reservados. Reprodução permitida desde que citada a fonte.