Quem me acompanha sabe das diferenças que tenho com o treinador Vadão, desde 1999. Acho que ele colheu os frutos que foram plantados pelo Antonio Clemente, o verdadeiro criador do “Quadrado Mágico” daquele ano. E fui um dos que apoiei sua volta, por pensar que os fracassos no Corinthians e no São Paulo teriam feito Vadão voltar menos teimoso. Me enganei.
Mas não consigo ficar calado ao ter que ouvir torcedores, e não foram poucos, que pediram para Vadão tirar Rodrigo e colocar Fabrício em campo. E se Vadão fizesse o contrário, reclamariam. Analisemos os fatos: Osvaldo Alvarez demorou para mexer no time, fez uma substituição inócua, mas não tinha muito o que fazer.
Talvez ele olhe para o banco de reservas e não saiba de ri ou se chora.
O processo de renovação do elenco é demorado e merece sacrifícios. Esse time não é técnico como o de 96, nem rápido e fogoso como o de 99, nem tampouco forte e marcador como o de 2001. Ainda não tem uma cara definida e talvez esteja aí o grande pecado de Vadão.
Concordo que há treinadores que possuem elencos também medianos, inclusive de times de nossa capital e que fazem campanhas melhores que a nossa. Mas (é duro), vamos admitir: o time é fraco. Não obstante isso, parecem poucos preocupados com os resultados, buscando superação apenas quando a Globo transmite o jogo ao vivo para todo o Brasil.
Falta a Vadão, dar cara e personalidade a este time. Ter jogadas ensaiadas e criar situações de surpresa ao adversário. Mas seus comandados também devem chamar para si a responsabilidade. Fazer futebol hoje em dia não é fácil, nem barato, mas isso será tema para outra hora.
Juarez Villela Filho
Colunista da
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