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Clube | quarta-feira, 04 de outubro de 2017, 19h38

Petraglia: “O que paga conta é renda, não público”

Por: Furacao.com

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Petraglia: "Quem não tiver caixa não ganhará nada" [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]

Depois de ver o Paraná Clube bater o recorde de público na Arena da Baixada, com 39.414 torcedores na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, usou a equação entre público presente e renda para se justificar aos torcedores atleticanos, que contestaram a política de preços de ingressos adotada pelo clube. Para lotar a Arena, o Paraná vendeu ingressos cinco vezes mais baratos que o Atlético normalmente comercializa – o ingresso de arquibancada para o jogo do Tricolor contra os gaúchos foi vendido a R$ 60,00, com uma promoção especial de R$ 30,00 para quem fosse ao jogo com a camisa do clube, enquanto o Atlético comercializa os bilhetes a R$ 150,00, com valor promocional de R$ 100,00 para a compra de bilhetes antecipados.

“O PC (sic) está num momento de motivação, na busca da sobrevivência e recuperação, por esta razão os 40K presentes hoje [ontem] a preço de R$ 30,00 o ingresso, lembro, o que paga a conta é renda e não público!”, escreveu Petraglia aos torcedores do Furacão, segundo reportagem publicada pelo site UOL. No jogo entre Paraná x Internacional, a renda foi de R$ 1.224.660,00. O maior público do Atlético na Arena foi no dia 26 de abril deste ano, na partida contra o Flamengo pela Libertadores, com 36.519 torcedores (33.463 pagantes) e renda de R$ 1.588.815,00.

Petraglia também salientou a necessidade do Rubro-Negro fazer caixa, incluindo o aluguel do estádio para rivais, e resumiu como sentimento de ódio e motivos fúteis a contestação de parte da torcida quanto à maneira e termos utilizados na locação. O presidente atleticano, no entanto, não mencionou em momento algum o tratamento diferenciado que deu aos paranistas, liberando materiais da torcida organizada como bandeiras, faixas e materiais de percussão e até mesmo eliminando a necessidade do cadastro biométrico aos torcedores para esse jogo, além, claro, da nítida diferença no valor do ingresso. "O futebol mudou, hoje é milionário, quem não tiver caixa não ganhará nada, nossa luta é nesse sentido, no entanto, vemos e sentimos a falta de visão e de controle de parte da nossa torcida sofrendo e sentindo ódio por motivos fúteis”, disse.

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