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Libertadores | terça-feira, 08 de agosto de 2017, 17h46

Hora de se inspirar em 2005!

Por: Thays Kloss (Furacao.com)

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Heróis de 2005 comemoram a virada histórica em cima do Santos. [foto: Tribuna]

Para decidir o seu futuro na Libertadores, o Atlético irá enfrentar o Santos nesta quinta-feira (10), na Vila Belmiro, no jogo de volta das oitavas de final. A primeira partida foi disputada em julho, na Vila Capanema, e terminou em 3 a 2 para o rival.

Agora é tudo ou nada. Só a vitória garante a continuação na competição e, se antes o clima era ruim, agora o Furacão pode usar tudo ao seu favor. Depois de derrotas seguidas no Brasileiro, polêmicas, jogadores saindo, mudança de técnico, o Rubro-Negro parece estar se reencontrando. Vindo de três vitórias seguidas no Brasileiro, a equipe está com os ânimos positivos para a partida. Claro, tudo com cautela, mas a fase é bem melhor.

Mas é justamente esse ritmo que precisávamos. Jogadores mais felizes, jogando com raça. Não podemos nos esquecer que o Atlético chegou até aqui na Libertadores dando tudo de si. Após a virada emocionante contra o Universidad Católica, no Chile, onde conseguiu o resultado de 3 a 2 e desbancou o favorito Flamengo, o Furacão ainda pode contar com as boas lembranças de 2005, quando venceu o Santos de Robinho de virada e com apenas 10 em campo.

Para o treinador Fabiano Soares, o foco agora é a organização e pensar jogo a jogo. Para ele e o goleiro Weverton a estratégia é clara: não levar gols. "O grupo já mostrou um poder de superação enorme. É só chegar no jogo, ter claras suas ideias, nossas estratégias. Vamos pelo menos tentar fazer um bom jogo. Acho que podemos crer. Organização é tudo, tem mais possibilidade de ganhar, menos de tomar gol. Estou em cima dos jogadores por causa da organização. Se eu conseguir, vou ter mais chances de não tomar gol", afirmou o técnico.

O lateral Jonathan também falou sobre o jogo para a ESPN. Segundo o jogador, a equipe tem que ter calma e deixar a pressão para o outro lado. "A nossa equipe conseguiu uma consistência muito grande nesses três jogos, sem tomar gols. Temos um jogo difícil agora contra o Santos, e o momento é favorável a eles, mas a responsabilidade também é maior com eles. Mas sabemos que se fizermos um gol a responsabilidade é deles", afirmou. Ele também disse que a equipe está trabalhando para corrigir os erros e que durante o jogo irá pensar gol a gol e a melhor forma de neutralizar o Santos.

Para a partida contra o Santos um provável Atlético terá: Weverton; Jonathan, Thiago Heleno, Paulo André e Sidcley (Fabrício); Rossetto, Lucho González, Nikão e Guilherme; Pablo e Éderson (Ribamar).

Relembrar é viver

Depois de um campeonato acirrado em 2004, disputando ponto a ponto com o Santos, o Atlético acabou em segundo lugar e garantiu a participação na Libertadores do próximo ano. Fazendo uma campanha sem muito brilho, o Furacão se classificou para as quartas de final nas cobranças de pênalti contra o Cerro Porteño enquanto no Brasileiro era o lanterna.

O Santos tinha a supla Robinho e Ricardinho, os dois convocados para a Seleção e que iam disputar as Eliminatórias da Copa de 2006. O Rubro-Negro sem o zagueiro Baloy e o lateral-esquerdo Marín, que não foram liberados pelas seleções do Panamá e da Colômbia, respectivamente. No dia 1.º de junho, 22 mil torcedores foram até a Arena acompanhar a partida. O técnico Antônio Lopes foi com tudo pra cima. Apesar disso, o Santos marcou gol logo aos 12 minutos e dominava a partida. O Furacão demorou para se encontrar, mas conseguiu aos 25 empatar com Evandro, de cabeça.

Mas o que ninguém esperava aconteceu dois minutos depois.
Alan Bahia já tinha cartão amarelo, numa falta que cometeu aos 18 minutos. Aos 27, ele fez outra falta em Robinho e ganhou o segundo amarelo, sendo expulso de campo. O Atlético passou a jogar com 10, em plena metade do primeiro tempo. O que era pra ser uma desvantagem, na verdade deu ainda mais raça ao time. Jogando ofensivamente, buscando o gol, até que Marcão virou o jogo aos 40 minutos, aproveitando a sobra da falta batida por André Rocha, fazendo o segundo e agitando a torcida rubro-negra. Era nosso!

A alegria durou pouco. Aos 43 Robinho recebeu dentro da área, ajeitou e Deivid, de cabeça, empatou o jogo mais uma vez. A partida foi para o intervalo parecendo que já tinha acontecido tudo que tinha para acontecer, mas ainda faltavam os outros 45 minutos.

Na volta ao campo, o Atlético veio para se defender e jogou apenas em busca dos contra-ataques. Cocito fez uma partida fenomenal e apagou Robinho do jogo. O Santos atacava e pressionava, mas o sangue atleticano bateu mais forte. Numa jogada de Evandro, André Rocha recebeu pela direita e cruzou, a bola foi encontrar Lima livre na área e o atacante não perdeu a chance. O Furacão marcava o terceiro e botava fogo no caldeirão! Os minutos finais do jogo foram a pressão que todo bom atleticano conhece, com o Santos atacando e o Atlético aguentando com 10 jogadores tudo o que podia até o apito final.

A virada ficou para a história e duas semanas depois o Rubro-Negro garantiu a vaga, ganhando de 2 a 0 na casa do adversário.

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