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Futebol | segunda-feira, 03 de julho de 2017, 21h01

O dia que o Furacão derrotou o “Santos de Pelé”

Por: Furacao.com

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Nílson Borges e Djalma Santos comandaram a vitória sobre o Santos de Pelé

Se o objetivo de todos os atleticanos é ver o Atlético vencer o Santos no confronto pelas oitavas de final da Libertadores da América, a lição da superação mostrada pelo Furacão há 49 anos pode servir de motivação e inspiração. Era setembro de 1968 e o adversário do Rubro-Negro, na Vila Capanema – coincidentemente o mesmo palco da partida desta quarta-feira – era ninguém menos que o “Santos de Pelé”. Mas quiseram os deuses do futebol que o placar da reta do relógio, que até hoje permanece na Vila, apontasse de forma majestosa: Atlético Paranaense 3 x 2 Santos. Sim, o Santos de Edson Arantes do Nascimento perdeu para o Furacão da Baixada!

Era 08 de setembro, num jogo pela Taça Roberto Pedrosa de 1968. Na véspera do jogo, o personagem principal do time santista foi vetado por condições médicas. Mas nem isso apagou o brilho da vitória atleticana, classificada na época como "de lavar a alma". "Não se pode aceitar como válida a tese de que o Santos sem Pelé não é o mesmo Santos. Talvez toda a sua gama extraordinária de um gênio do futebol permita que ele traga a intranquilidade ao time oponente. Mas, também não é menos verdade que o quadro santista possui astros de grande gabarito", definiu o jornal Gazeta do Povo após o confronto.

E não é para menos. Na equipe santista desfilavam astros como Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Pepe e Edu, todos com passagem pela Seleção Brasileira. Naquele ano, o Santos conquistaria o título do Robertão com uma campanha de 19 jogos, 12 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas. Uma delas foi justamente diante do Furacão.

Para superar o adversário, o Rubro-negro usou de uma arma que é típica de sua essência. Nem o Santos esperava, mas encontrou um Atlético vibrante, inspirado e consciente de que poderia jogar o futebol que o colocou entre as grandes equipes do futebol brasileiro. Além disso, o time contou com o apoio de 20 mil torcedores fanáticos – num dos maiores públicos da história da Vila Capanema. Foi o que incentivou o Rubro-negro a vencer pelo placar de 3 a 2 naquele ano. É o que a torcida atleticana espera para esta quarta-feira (05), na mesma Vila Capanema.

Vitória histórica

A Vila Capanema recebeu mais de 19 mil pagantes para aquela tarde de domingo, dia 8 de setembro de 1968. Muitos dos presentes estavam entusiasmados com o time "de Pelé e sua gente". Mas, durante os 90 minutos da partida, foi outro Santos, Djalma Santos, que comandou a brilhante vitória atleticana.

O time paulista começou melhor o jogo, levando vantagem com o constante apoio de seus laterais. Aos 15 minutos, numa boa movimentação do ataque santista, Clodoaldo tocou para Negreiros, que arrematou forte. O goleiro Célio fez a defesa parcial, mas, no rebote, Toninho chutou para abrir o marcador para os visitantes.

Ainda na etapa inicial, Nilson Borges encostou mais em Nilo e Paulista, com boas triangulações que levaram o Rubro-Negro a provocar dificuldades ao meio-campo santista. Aos 33 minutos, o empate atleticano. Djalma Santos fez boa jogada na direita e cruzou. Ramos Delgado não conseguiu cortar e Zé Roberto cabeceou de cima para baixo, indefensável para o goleiro Cláudio.

Foram nos 20 minutos iniciais do segundo tempo que o Atlético foi arrasador. Praticando um futebol insinuante, prático e objetivo, o time foi envolvendo o até então todo-poderoso Santos. Aos 4 minutos da etapa final, Nilson fugiu pela esquerda e cruzou rasteiro. Cláudio não conseguiu tirar a bola, que sobrou para Gildo. Ele emendou no canto direito, promovendo a virada do Furacão. Doze minutos depois, o lance mais bonito do jogo. Madureira driblou seguidamente Ramos Delgado, Joel, Clodoaldo e Cláudio e, num giro de corpo espetacular, venceu mais uma vez a meta santista, fazendo um golaço que determinava 3 a 1 no placar (reveja o golaço de Madureira na partida no vídeo abaixo):


Aos 42 minutos, o Santos ainda diminuiu, com Edu recebendo a bola de Clodoaldo e tocando na saída do goleiro Célio. Mas era pouco. A vitória era atleticana, provando que já naquela época o Rubro-negro usava suas principais forças para superar os adversários: a raça e o espírito do Furacão!

Notícia originalmente publicada na Furacao.com em 01 de junho de 2005, quando coincidentemente o Atlético enfrentou o Santos, pela Libertadores da América daquele ano


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Matéria do site Furacao.com:
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