O comentarista da Fox Sports, Paulo Vinicius Coelho, classificou como o “projeto mais ambicioso do futebol brasileiro” a proposta do Atlético em ser campeão Mundial em dez anos. Em sua coluna no UOL Esporte nesta quarta-feira, o comentarista, um dos mais respeitados do país, não duvida dessa possibilidade e cita questões como a integração dos jogadores de todas as categorias e a tecnologia e sistemas para monitorar treinos, adversários e o mercado como diferenciais atleticanos para buscar esse objetivo.
Ele também desmistificou a ideia, bastante difundida no ano passado, de que a grama sintética na Arena favorecia o time atleticano: “até porque o gramado é igual ao natural e faz a bola correr de forma semelhante à da Arena Corinthians, em Itaquera”, escreveu.
Por fim, disse que a participação do clube na Libertadores deste ano permite o sonho em adiantar os planos, mesmo ressaltando que a meta, em princípio, é chegar o mais longe possível na competição: “O Atlético planeja avançar contra o Millonarios e classificar-se para a fase de grupos. Depois chegar aos mata-matas e chegar o mais longe possível. O plano da taça não é para este ano. Mas a Libertadores permite até pensar nisso, pelo equilíbrio.”
Confira o texto na íntegra de PVC sobre o sonho atleticano de conquistar o mundo, publicado no
Blog do PVC, no UOL Esporte:
Atlético Paranaense campeão mundial em dez anos? O projeto começa hoje
Começa hoje com o amistoso entre o Atlético Paranaense contra o Peñarol, na Arena da Baixada às 20h, o projeto mais ambicioso do futebol brasileiro. No CT do Caju, fala-se em ser campeão mundial em dez anos. Isso não implica a ambição de conquistar a Libertadores em 2017. A ideia é fazer uma grande campanha. A lógica do ambicioso plano é a mesma de 1995, quando o Atlético deixou a Série B, planejou a construção da Arena no velho estádio Joaquim Américo e sonhou ser campeão brasileiro no mesmo período: dez anos.
Foi campeão nacional seis anos depois.
Verdade que num campeonato diferente da maioria, em que a decisão aconteceu contra o São Caetano. Mas nos dez anos seguintes ao acesso, o Atlético Paranaense foi também vice-campeão brasileiro de 2004 e vice-campeão da Libertadores de 2005.
Houve quedas, como o rebaixamento de 2011. Mas o time se mantém entre os mais regulares do país e alcança o Botafogo em 12o lugar entre os que mais participaram da Libertadores.
A ambição do Atlético Paranaense parece um sonho de loucos, exceto quando se visita o Centro de Treinamento do Caju, em Curitiba. A integração entre jogadores de todas as categorias, do sub-15 ao profissional, a estratégia seguida à risca de ter as divisões de base ligadas aos profissionais — são 22 jogadores formados em casa no elenco de 2017 — os sistemas criados para analisar treinos, adversários e monitorar o mercado. Cada detalhe parece pensado.
No amistoso de hoje, contra o Peñarol, dos onze titulares prováveis, sete são da base: Santos, Léo, Sidcley, Otávio, Rossetto, Pablo e João Pedro. A lógica, com as entradas de Wéverton e Lucho González, é que sejam cinco os titulares provenientes da base. Léo começou na base do Vitória. Foi sub-23 do Atlético.
O que mais incomoda o Atlético hoje é a repetição de perguntas sobre a importância da grama sintética no sucesso da equipe: 'Estudei a vantagem dos jogos em casa no Campeonato Inglês. Há vantagem por jogar em casa. No nosso caso, não é a grama', repete Paulo Autuori.
Não é mesmo. Até porque o gramado é igual ao natural e faz a bola correr de forma semelhante à da Arena Corinthians, em Itaquera.
O Atlético planeja avançar contra o Millonarios e classificar-se para a fase de grupos. Depois chegar aos mata-matas e chegar o mais longe possível. O plano da taça não é para este ano. Mas a Libertadores permite até pensar nisso, pelo equilíbrio.
O plano é mais audacioso: ser campeão do mundo em dez anos. Se vai dar certo é outra questão
Mas que trabalho organizado para isso existe, pode acreditar.
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