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Clube | quinta-feira, 23 de julho de 2015, 20h32

Depois de polêmica, Petraglia diz que foi mal interpretado

Por: Leandro Saboia (Furacao.com)

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Atual presidente do Atlético diz que foi alvo de maldade [foto: site oficial]

A torcida atleticana não digeriu bem as declarações de Mario Celso Petraglia, que hoje ocupa a presidência do Conselho Administrativo do Atlético e na quarta-feira (22) respondeu com sua habitual irritação a questionamentos feitos pela comunidade O Canto das Torcidas, no Facebook. A publicação fazia alusão à festa com bandeiras e faixas protagonizada nas arquibancadas pela torcida do Atlético Nacional, da Colômbia, que segundo o próprio Petraglia não aconteceria jamais na nova Arena da Baixada porque o (nosso) Atlético não é um clube de várzea.

Em resposta, o atual mandatário rubro-negro deixou mais uma vez claro o seu desdém pelos torcedores que, para ele, "não têm nenhum compromisso com a sua paixão", depois de afirmar falsamente que todas as promessas de campanha da chapa CAPGIGANTE, por ele encabeçada, foram cumpridas. O comentário foi amplamente repercutido pela imprensa e causou um grande mal estar, ao ponto de Petraglia precisar se explicar, ou tentar, na mesma rede social.

Em comentário publicado nesta quinta (23), o ora presidente do Atlético tentou contornar a situação dizendo que toda a polêmica ocorreu por maldade de quem, supostamente, deturpou o conteúdo de suas declarações. Assim começou o desabafo de Petraglia:

"Quando a má vontade, a inveja, a maldade da imprensa, dos adversários e dos que vestiram a carapuça prevalece, resulta muito dificil a comunicação em razão da deformação dos dizeres da mensagem e a criação da versão mentirosa e deturpada!"

Na extensa publicação, o cartola afirma que quando se referiu à torcida excluiu "aqueles 21,5 mil torcedores que se tornaram sócios e os poucos que comparecem ao estádio para ver os jogos do Furacão pagando ingresso". Os comentários, portanto, foram dirigidos aos cerca de 2,5 milhões de torcedores restantes. Ainda, de acordo com a nova publicação, a atual gestão trabalha "para toda a nação atleticana, principalmente para os menos favorecidos e para os não privilegiados que por várias razões não têm condições de assistir os jogos de futebol ao vivo", revelando que a política de preços nos ingressos e planos de associação não deve mesmo ser revista e o Rubro-Negro deve continuar cobrando um valor que pouca gente consegue pagar.

Ao longo da explicação, Petraglia ainda reitera o pensamento de que a torcida não está correspondendo ao dizer que, se temos 2,5 milhões de atleticanos, deveríamos ter chegado facilmente aos 30 mil sócios no primeiro ano e 40 mil no segundo para que não fosse necessário vender os atletas revelados no CT do Caju.

Entre outras reclamações, o hoje presidente diz que a grande massa rubro-negra não participa como deveria, ao ponto do clube vender menos camisas em um ano que o Botafogo, na segunda divisão, vende em um mês. Falou também sobre as receitas de TV e concluiu: "Miilagres não existem, precisamos da torcida, precisamos + 18,5 mil sócios, será que é pedir muito?"

Confira a íntegra da declaração de Petragia.

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