Com apenas 19 anos, Marcos Guilherme enverga a camisa 10 [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Dentre as vinte equipes que disputam o Brasileiro 2014 o Atlético Paranaense era a única que não possuía um único jogador com mais de 30 anos até a chegada do zagueiro Gustavo, de 32 anos. Os outros “medalhões” do time são o volante João Paulo (29) , Suelinton (27) e o atacante Cléo (28) que veio com o campeonato já em andamento.
A média geral do Atlético é extremamente baixa, apenas 22,7 anos de idade. Da equipe que tem disputado a maioria das partidas, sete atletas estão abaixo dessa média. Alguns que jogaram boa parte das partidas está na faixa próxima aos 20 anos, como o zagueiro Léo Pereira, Marcos Guilherme e Douglas Coutinho. Nathan e Marco Damasceno com 18 seguem a tendência do clube.
Se por um lado a revelação de jogadores pode ser uma boa alternativa, especialmente financeira, quando não mesclada com jogadores mais rodados e mais decisivamente em momentos de pressão, pode pesar contra. É o que atesta a psicóloga Iara Raittz, ouvida pela Furacao,com: “A mudança de um atleta para outra categoria é uma transição que envolve a mudança na percepção sobre si mesmo, sobre seu lugar na equipe e consequentemente mudanças em seu comportamento.”
A psicóloga destaca que não necessariamente a idade cronológica é preponderante, já que existem diferentes graus de maturidade e que o que conta mesmo é a experiência para fazer a diferença nos momentos de pressão, onde a ansiedade atrapalha.
O Atlético não virou
nenhum marcador até o momento no Brasileiro e já deixou o adversário virar ou buscar o empate quando saiu na frente em cinco oportunidades. Nos últimos jogos foi visível o abatimento e desequilíbrio do time em campo depois de sofrer gols, praticamente aniquilando a possibilidade de reversão no placar.
Segundo a psicóloga Iara Raitzz, adepta da sinergia entre os fatores físicos e mentais no esporte de alto nível ”a pressão e ansiedade são fatores que influenciam o desempenho do atleta. Somadas ao momento de transição podem ter seu aspecto negativo potencializado, o que reafirma a importância do preparo emocional dos atletas.”
O Atlético necessita acertar o pé e também arrumar a cabeça.
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