Furacão jogou apenas uma partida com torcida na Arena [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Um campeonato dividido em pré e pós-Copa. É dessa forma que a torcida atleticana encara o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, com o Furacão, surpreendentemente e contra seu próprio retrospecto dos anos anteriores, indo melhor antes da parada para o Mundial. Até aqui em 19 jogos do Brasileirão, o time tem aproveitamento de 43,85%, com 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas. Tem também a segunda pior defesa do campeonato, com 26 gols sofridos – um a menos que o lanterna Vitória – e um ataque apenas intermediário, com 25 gols marcados.
O artilheiro do time, Douglas Coutinho, com 7 gols, chegou a brigar pela ponta da lista de goleadores da competição, mas agora ocupa apenas a 4ª colocação, atrás de Henrique, do Palmeiras, e Barcos, do Grêmio, com 8 gols, Ricardo Goulart, do Cruzeiro, com 9, e Marcelo Moreno, do Cruzeiro, goleador até o momento, com 10 gols.
Como justificativa para o início irregular na competição, o Furacão teve muitas alternâncias no banco de reservas, com quatro nomes diferentes comandando a equipe. O espanhol Miguel Ángel Portugal iniciou a competição e ficou por 5 rodadas (1 vitória, 2 empates e 2 derrotas). Não resistiu ao empate com a Chapecoense, com um começo ruim que somou à eliminação ainda na fase de grupos da Libertadores.
Seu substituto imediato foi o auxiliar Leandro Ávila, que comandou os melhores momentos da equipe até aqui na competição. Foram quatro jogos, com 2 empates e 2 vitórias, fazendo o time tirar a diferença para o G4 – de 5 para 3 pontos – e abrir uma folga da zona do rebaixamento – de 1 ponto para 6.
No pós-Copa, a equipe estreou o técnico Doriva, que iniciou bem, chegou a colocar o time no G4 após a vitória para o Criciúma, mas foi pouco a pouco caindo de rendimento, principalmente pelo esquema tático armado pelo treinador, que expunha demais a defesa com uma formação com três atacantes. Doriva comandou o Atlético em 8 jogos, com 3 vitórias, dois empates e três derrotas, deixando o time na 9ª posição.
Interinamente, voltou ao time o auxiliar Leandro Ávila, com uma partida pelo Brasileirão – derrota por 3 a 1 para o Goiás, além da eliminação na Copa do Brasil. No último domingo, no empate por 1 a 1 com o Palmeiras, o time estreou seu quarto técnico na competição, Claudinei Oliveira.
Hoje, o Atlético está na posição intermediária na tabela, a 8 pontos de distância do Corinthians, que fecha o G4 com 33 pontos. Mas também liga o sinal de alerta para a zona de degola, com 7 pontos de vantagem sobre o Criciúma, 17º colocado, abrindo a ZR.
Como fator favorável para o segundo turno está a volta dos jogos com presença de torcida na Arena da Baixada. Nesta segunda etapa do Brasileirão, o Furacão vai jogar 9 dos 19 jogos em casa, com a presença da torcida, um reforço que promete fazer a diferença numa caminhada de recuperação.
No primeiro turno, o clube cumpriu a punição do STJD pelo confronto da torcida com vascaínos, no ano passado, mandando cinco jogos fora de Curitiba – jogou no Orlando Scarpelli (vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio), Mané Garrincha (derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro), dois jogos no Willie Davids (empate por 1 a 1 com a Chapecoense e vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba) e Parque do Sabiá (empate por 2 a 2 com o São Paulo). No pós-Copa, jogou ainda mais quatro partidas com portões fechados na Arena, com duas vitórias (2 a 0 contra Criciúma e Botafogo), uma derrota (3 a 0 para o Fluminense) e um empate (0 a 0 com o Bahia).
O primeiro jogo no Brasileirão com presença do torcedor foi justamente na última rodada, no empate por 1 a 1 com o Palmeiras.
Quarto melhor início
Apesar da campanha com altos e baixos no primeiro turno, serve de alento para os atleticanos o retrospecto do clube na competição. Tradicionalmente, o Atlético faz um segundo turno melhor que o primeiro. Tanto que o deste ano, apesar do aproveitamento de apenas 43,85%, foi o quarto melhor início atleticano no Brasileiro desde que a competição passou a ser disputada no sistema de pontos corridos – a partir de 2003.
O Furacão só foi melhor ano passado, com 59,64%, quando terminou a competição na terceira posição, na campanha vice-campeã de 2004, com 55,07%, e em 2010, com 47,36% no primeiro turno, terminando o Brasileirão na 5ª posição.
Relembre o desempenho do Atlético no primeiro turno em todas as edições dos pontos corridos:
2003:
23 jogos: 7 vitórias, 5 empates e 11 derrotas – 37,68% de aproveitamento
2004:
23 jogos: 11 vitórias, 5 empates e 7 derrotas – 55,07% de aproveitamento
2005:
21 jogos: 7 vitórias, 4 empates e 10 derrotas – 39,68% de aproveitamento
2006:
19 jogos: 6 vitórias, 4 empates e 9 derrotas – 38,59% de aproveitamento
2007:
19 jogos: 5 vitórias, 7 empates e 7 derrotas – 38,59% de aproveitamento
2008:
19 jogos: 5 vitórias, 5 empates e 9 derrotas – 35,08% de aproveitamento
2009:
19 jogos: 7 vitórias, 3 empates e 9 derrotas – 42,10% de aproveitamento
2010:
19 jogos: 8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas – 47,36% de aproveitamento
2011:
19 jogos: 4 vitórias, 6 empates e 9 derrotas – 31,57% de aproveitamento
2012:
O clube disputou a Série B.
2013:
19 jogos: 9 vitórias, 7 empates e 3 derrotas – 59,64% de aproveitamento
2014:
19 jogos: 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas – 43,85% de aproveitamento
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