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Entrevista | quarta-feira, 03 de setembro de 2014, 00h04

Sicupira: "Com a torcida, Atlético pode reverter o placar"

Por: Mateus Carneiro (Furacao.com)

Foto Destaque

Sicupira em ação em Atletiba de 1970 [foto: arquivo]

O nome de Barcímio Sicupira será sempre lembrado pelo torcedor atleticano. O "Craque da camisa 8" do Furacão vestiu a camisa rubro-negra por 8 anos, marcou 154 gols e até hoje ostenta a marca de maior artilheiro da história do Atlético, tendo a Baixada como um dos principais palcos para seus inúmeros gols.

Sicupira jogou com vários craques da história do futebol. Nos anos 60, jogou no super-time do Botafogo, junto com Didi, Zagallo, Nilton Santos e Garrincha. No Atlético, foi campeão estadual em 1970, ao lado de Djalma Santos, Alfredo e Nilson Borges.

Atualmente, o ex-jogador é comentarista esportivo. Em entrevista à Furacao.com, ele conta um pouco sobre a sua expectativa de ver o torcedor na nova Arena da Baixada.

Craque da 8 é também o maior artilheiro da história do Atlético [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]

Qual o significado do retorno do Atlético para a Arena da Baixada?
Sicupira: O retorno do Atlético é o final de uma história que já é meio longa. Um período que fez o Atlético jogar fora de sua casa e o obrigou a mandar seus jogos no Ecoestádio, depois na Vila Capanema e depois desse tempo ainda teve a Copa do Mundo. Acredito que agora é definitivo, o Atlético não tem mais nenhum tipo de desculpa para não disputar entre os grandes clubes. Com esse novo estádio, com a estabilidade financeira do clube e com a torcida que o Atlético tem, acredito que a partir do ano que vem, o Atlético será um dos grandes clubes na disputa dos campeonatos nacionais.

Qual é a importância de jogar em casa para o Atlético hoje?
Jogar em casa é sempre muito mais cômodo, não tem o cansaço da viagem, tem a intimidade do jogador com o estádio e com o campo e, lógico, também tem a torcida que ajuda a empurrar o time. A torcida fazendo aquela festa, cantando, empurrando o time... tudo isso dá um ânimo dentro do campo e isso, psicologicamente, faz com o que o jogador renda mais. Na sua casa, o jogador está lutando pelo seu povo.

Você já conheceu a nova Arena? Quais as suas impressões do estádio?
Eu estive em dois jogos da Copa do Mundo e também trabalhei no jogo do Atlético contra o Fluminense, também estive presente no jogo-teste contra o Corinthians. Acho que o estádio ficou maravilhoso.

O que você acha do atual elenco do Atlético? Qual jogador do atual elenco tem chamado a atenção?
O grupo de hoje é um elenco muito difícil de ser analisado. O Atlético tem alguns bons jogadores, mas falta um padrão de jogo. O Marcos Guilherme é uma grande promessa, mas pela falta de um sistema tático que funcione para ele, não vem se destacando tanto. Eu acho que exatamente pelo time do Atlético ser composto basicamente por garotos novos, seria uma boa opção um treinador experiente.

Qual o seu recado para o torcedor que vai ao primeiro jogo oficial do Atlético na nova Arena da Baixada nesta quarta-feira?
O jogo é muito difícil, o Atlético tem que buscar seu resultado. Mas eu acompanhei o América-RN jogando em algumas oportunidades e acredito que mesmo com o resultado, o Atlético pode virar e se classificar. Não será fácil, mas se a torcida do Atlético soltar aquele grito que está "preso" na garganta faz anos, se a torcida soltar o seu grito, o Atlético pode reverter a sua situação e pode ser que a gente tenha um Atletiba na próxima fase da Copa do Brasil.


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