Quem que acompanha futebol e não se encanta com Robinho e Diego? Os dribles desconcertantes do primeiro, os passes primorosos e a inteligência do segundo. Aliás, todo o time do Santos forma uma bela engrenagem. Ah! Se Parreira comparasse o atual Kléberson com Renato da equipe santista...
A técnica aguçada do campeão brasileiro estava fazendo o poderoso Nacional de Montevidéu sucumbir por 2 X 0 ainda na primeira etapa, em pleno Estádio Nacional, o mesmo onde em 2000, Lucas e Kelly mostraram ao mundo o verdadeiro Furacão do Brasil.
Mas, apesar da pouca técnica, a raça caracterÃstica do jogador, do povo uruguaio, falou mais alto. Meu xará, Juarez, entrou aos 30´do 2º, quando o placar indicava 3 X 1 para o Santos. Entrou apenas para segurar a zaga brasileira no jogo aéreo, catimbar, até mesmo bater, pois na técnica a equipe santista ganharia sempre.
Com muita, mas muita raça mesmo, a equipe da casa buscou um improvável empate em 4 gols aos 50´da etapa complementar, evitando a derrota e a obrigação de vitória no jogo de volta em Santos. É bem provável que na casa do Peixe, este venha a vencer, até mesmo a golear a pouco técnica equipe uruguaia.
Mas a demonstração de garra, de desprendimento, de vontade de vencer do time uruguaio me encantou. Que fique o exemplo aos preguiçosos e displicentes atletas do rubro negro: por pior que seja o time, com vergonha na cara, com raça, vai!
Juarez Villela Filho
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