João Paulo: queda de produção [foto: Julia Abdul-Hak]
Se depois de muita disputa, várias tentativas e experiências o então treinador Vagner Mancini conseguiu dar consistência à meia cancha atleticana com Bruno Silva e João Paulo como dupla de volantes, liberando os meias Everton (hoje no Flamengo) e Paulo Baier (no Criciúma) para municiarem o ataque, hoje o clube vive um enorme vácuo nesse setor do campo.
Deivid manteve-se mais um ano como titular após a não renovação de Bruno Silva e João Paulo iniciou o ano ao lado de Paulinho Dias vindo da Chapecoense, tendo sido um dos principais jogadores da equipe catarinense na inédita subida para a primeira divisão do time de Santa Catarina.
A dupla, entretanto, tem deixado muito a desejar. João Paulo não se mostra mais o “guerreiro” que encantou a torcida com sua disposição em campo, passes precisos e bons chutes de fora da área, enquanto Paulinho iniciou bem e foi jogo a jogo caindo de produção. Não à toa o clube viveu muito de contra-ataque nas partidas da Libertadores, com a bola sendo passada na ligação direta defesa/ataque, não passando pela criação dos homens do meio.
Do sub-23 o clube fez subir o volante Otávio, que com apenas 19 anos mostrou muita personalidade, aliando o combate que sempre caracterizou Deivid, mas com qualidade no passe e maior dinâmica de jogo.
Esta é uma posição extremamente importante no futebol atual, sendo o verdadeiro elo entre a proteção da defesa, evitando que a mesma fique exposta no “mano a mano” com o ataque adversário e o setor de criação do time, responsável por municiar o ataque atleticano.
O elenco se ressente de um jogador com bom porte físico e virilidade na entrada da área, mas que tenha um passe minimamente qualificado. Curiosamente características que eram encontradas em Bruno Silva, que não ficou no clube. Hoje é uma posição carente no elenco.
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