Furacão não saiu do 0 a 0 com o Jotinha [foto: FURACAO.COM]
O dia 29 de março de 2014 tem um lugar garantido na história do Atlético-PR. O jogo-treino contra o JMalucelli marcou o retorno do clube ao estádio após 27 meses e o primeiro evento teste para a Copa do Mundo de 2014. Além disso, foi a primeira vez que Adriano foi escalado como titular em um jogo. Mas faltou um ingrediente para que a festa fosse completa: o gol.
Em um jogo frio, com poucas emoções, os titulares do Furacão empataram sem gols com o Jotinha na tarde deste sábado e no jogo-teste, as redes não foram testas. O resultado foi combustível para que o torcedor voltasse a mostra insatisfação com o técnico Miguel Ángel Portugal, que ouviu muitas vaias.
O primeiro teste do estádio teve público limitado a 10 mil pessoas - que se dividiram entre a Getúlio Vargas e a Brasílio Itiberê. As área inferiores atrás dos dois gols, ainda sem cadeiras, e todos os setores superiores ficaram vazios. Os torcedores puderam ver de perto os dois telões de alta definição (que exibiam imagens do clube e da Fifa) e a iluminação, já que parte dos refletores foram ligados durante o segundo tempo.
A Arena deve receber mais dois testes antes da Copa do Mundo de 2014. Um em abril, aberto para 43 mil pessoas e com teste de iluminação. Outro na metade de maio, aí sim um evento-teste oficial da Fifa. Já o próximo compromisso oficial do time titular do Atlético-PR será contra o The Strongest, no dia 8 de abril, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Antes, com o sub-23, o Rubro-Negro enfrenta o Londrina pelas semifinais do Campeonato Paranaense. O jogo de ida está marcado para 18h30m (horário de Brasília) deste sábado, no Ecoestádio.
Já o Jotinha segue em preparação para o duelo com o Vitória, pela Copa do Brasil. No jogo de ida, 1 a 1 em Curitiba. A partida de volta está marcada para o dia 16 de abril, em Salvador.
Primeiro tempo frio e sem gols
O técnico Miguel Ángel Portugal colocou os titulares para jogar no primeiro tempo – com exceção do zagueiro Manoel, machucado. O time atuava com uma formação ofensiva, o 4-3-3, com Marcelo, Adriano e Ederson na frente. Apesar da expectativa em torno do trio, os times protagonizaram um primeiro tempo sem muitas emoções, o que acabou esfriando a torcida.
Os jogadores do Atlético-PR procuravam o Imperador na maioria das jogadas. Mas ele não tinha espaço, devido à forte marcação imposta pelo Jotinha, nem ritmo de jogo para aproveitar as chances. Em uma delas, por exemplo, furou na área após um cruzamento da direita. De positivo, a entrega do jogador, que em vários momentos marcou a saída de bola e deu até carrinho. Ainda na etapa inicial, João Paulo e Mirabaje arriscaram, sem sucesso. Na melhor oportunidade, Ederson bateu no canto e, após desvio, a bola saiu rente à trave.
O JMalucelli também ameaçava, mas sem perigo. O atacante Bruno Batata tentou de longe em duas oportunidades, direto para fora, e o lateral-esquerdo Tomas (ex-Furacão) cobrou falta por cima do gol adversário. Com o primeiro tempo frio, os torcedores também diminuíram o volume. Em vários momentos, eles assistiam à partida sentados. E os primeiros 45 minutos da nova Arena terminaram mesmo no empate sem gols.
Furacão tenta, mas primeiro gol fica para a próxima
O técnico Miguel Ángel Portugal promoveu sete alterações na volta para o segundo tempo. Santos, Carlos César, Ricardo Silva, Otávio, Hernani, Fran Mérida e Mosquito entraram. Mas Adriano, que não jogava há um mês, continuou. O jogo, porém, não mudou. O Atlético-PR rondava a área adversária, mas não conseguia superar a marcação adversária.
O JMalucelli, por sua vez, apostava nos contra-ataques, mas também não parecia muito interessado em vencer. Com isso, o comandante rubro-negro mexeu de volta. Gustavo entrou no lugar de Marcelo, e Bruno Mendes substituiu o Imperador aos 16 minutos.
Prata da casa e reserva do sub-23, Gustavo deu novo gás ao meio-campo e virou o xodó da torcida com bons dribles desconcertantes e lançamentos longos. Por ainda ele ser pouco conhecido, os torcedores começaram a gritar "olê, olê, olê, onze, onze" e "ão, ão, ão, o onze é seleção" - número da camisa dele. Na sequência, gritaram o nome do jogador. Mas o jogador, apesar das tentativas, não conseguiu levar o time ao gol. Bruno Mendes também não. Em chance clara, ele tocou rente à trave, para lamentações da torcida rubro-negra - que chegou a pedir a saída de Miguel Ángel Portugal nos minutos finais.
O Atlético-PR até esboçou uma pressão nos minutos finais, mas o primeiro gol e a primeira vitória na nova Arena da Baixada ficaram mesmo para uma próxima ocasião. O torcedor já deixa o estádio na expectativa pela volta.
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