Depois de uma boa atuação dos comandados de Vagner Mancini contra o Coritiba, praticamente, os mesmos jogadores realizaram uma partida abaixo dos padrões alcançados até então. Embora a partida contra o Corinthians tenha sido contra um time de melhor posição na tabela do Campeonato Brasileiro, este foi um jogo para ser esquecido. Apesar da fraca atuação atleticana, houveram aspectos táticos a serem destacados.
As duas equipes começaram a partida nos seus tradicionais esquemas táticos. Enquanto que o Atlético começou no 4-3-1-2, o Corinthians iniciou no 4-2-3-1.
Atlético no 4-3-1-2 e Corinthians no 4-2-3-1 [arte: Caio Gondo]
Contudo, Tite, técnico do Corinthians, colocou o meia Romarinho e o lateral direita Alessandro, no lado esquerdo do campo com funções de marcar o forte lado direito atleticano. Devido aos êxitos desta dupla em marcar as subidas de Léo e Marcelo, o Atlético passou a não subir tanto deste lado como de costume. Contra este time paulista, o Furacão subiu ao ataque pelo lado direito somente 39% das vezes enquanto que, normalmente, o time atacava mais da metade por esta faixa do campo.
Foi tamanha dificuldade em manter o padrão de atacar pela direita, que o Atlético apresentou maior dispersão da frequência de onde a equipe mais jogou. Vejam pelo
heatmap retirado do site Footstats, como há mais cor amarela pela faixa da esquerda do campo atleticano (quanto maior o tom de amarelo, maior foi o tempo em que o time frequentou aquela região do campo):
O campo tem como referência o Atlético atacando da direita para a esquerda [arte: Caio Gondo]
Com o lado direito rubro-negro congestionado, o lado esquerdo, com Pedro Botelho e Everton, foi quem tomou a responsabilidade para atacar durante todo primeiro tempo. Para que o lado esquerdo conseguisse atacar, a transição da movimentação defensiva para ofensiva de Éverton foi fundamental. Quando o Atlético era atacado pelo lado esquerdo de seu campo, o camisa 22 rubro-negro formava uma linha com João Paulo e Bruno Silva. Vejam pelo flagrante a seguir, o posicionamento desta linha de três jogadores atleticanos:
Everton defendendo junto com João Paulo e Bruno Silva [arte: Caio Gondo]
Agora quando Everton atacava, ele partia desta posição defensiva e se locomovia nas costas de Guilherme, o 2° volante do Corinthians. Assim, abrindo espaços para ultrapassagens de Pedro Botelho.
Movimentação do lado esquerdo atleticano que funcionou no primeiro tempo [arte: Caio Gondo]
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