Mancini: "Mais uma vez saímos felizes" [foto: Julia Abdul-Hak]
O técnico Vagner Mancini comentou sobre a vitória atleticana, desta vez, sobre a Ponte Preta, na Vila Capanema. Satisfeito com o desempenho da equipe rubro-negra, que subiu para a terceira posição, o treinador fez elogios a Paulo Baier, autor do gol atleticano, falou sobre a atuação dos suplentes e as dificuldades de jogar sob forte chuva.
Veja abaixo os comentários do treinador na íntegra:
DIFICULDADES
“Choveu demais, não só durante o jogo, mas ontem e antes da partida. Um campo muito diferente do que estamos acostumados e o time, por ser mais técnico, sentiu mais o peso da grama. A Ponte acabou, de certa forma, ao longo de todo o jogo, se colocando melhor, bem armada, dificultando muito. Mas sabíamos que quando acontecesse isso o mais importante era vencer a partida, não importasse como, seja em bola parada, lance bonito ou feito. O importante é que a gente alcançasse o objetivo e felizmente isso foi feito em campo”.
SUPERAÇÃO
“Acho que foi fazer a leitura do jogo, entender que não dava pra jogar de uma forma mais técnica, mas como o jogo pedia. Importante é que você tenha uma equipe madura pra saber que tem dia que dá pra jogar, tem dia que tem que dar chutão mesmo e valorizar o gol que fizemos no início do jogo. É importante quando a equipe enxerga dentro de campo. A superação hoje foi botada em prática. Sabíamos que ia ser um jogo difícil se não chovesse. Chovendo, ficou mais difícil porque além da Ponte Preta vir bem armada ainda teríamos a dificuldade desse campo pesado, mas acho que a equipe passou no teste. A superação foi pontual”.
O JOGO
“No segundo tempo a gente encaixou a marcação, voltamos com o Deivid em cima do Chiquinho, e adiantamos os dois alas. A equipe melhorou porque houve o encaixe de marcação bem feito, voltou a atacar e a ter chance de gol. No segundo tempo o Atlético jogou melhor, mas a Ponte, por ter bola parada e pelas condições do campo, em todo lance que essa bola era jogada na nossa área dificultava a marcação. Mas de tudo que vimos o que tiramos de lição tem dia que vamos ter que jogar dessa forma. Embora o treinador e o torcedor não gostem é necessário”.
BAIER
“Ele fez um golaço e teve alguns outros lances no jogo que ele participou, inclusive no segundo tempo com muita eficácia. Hoje foi talvez a nossa peça técnica mais lúcida. É óbvio que num jogo desse a gente também tem que contar com o aspecto físico, a força, mas em certos momentos ele desequilibrou a nosso favor. Algumas enfiadas de bola, um gol belíssimo num campo molhado, pesado. Ele enxergou talvez mais rápido do que os outros aquilo a partida pedia”.
VANTAGEM
“A gente fica feliz porque são sete pontos difíceis de tirar, mas ainda falta muita coisa no campeonato, muita coisa pode acontecer. A gente não pode piscar o olho num campeonato duríssimo. Você tira como exemplo a Ponte Preta, que tem apenas 19 pontos e hoje dificultou ao máximo pra gente hoje, Todos os jogos são difíceis. O Botafogo foi derrotado em casa. Sete pontos é uma boa vantagem mas não vai nos levar a lugar nenhum senão tivermos o desempenho de hoje, em termos de vontade, garra e dedicação. Mais uma vez saímos felizes por termos ganho e alcançado o nosso objetivo”.
SUPLENTES
“Felizmente a gente tem visto que alguns atletas estão entrando e dando conta do recado. Aquilo de ter apenas 11 jogadores não é verdade no Atlético. Nós temos uns 18, 19 jogadores que podem entrar e não deixam cair o ritmo e isso é muito importante. Isso é muito importante porque você acaba se situando bem na tabela. Nenhum técnico no Campeonato Brasileiro pode se dar ao luxo de escalar o mesmo time cinco, seis jogos seguidos. O que sempre faz com que você perca alguma coisa. Então nesse sentido temos que exaltar o grupo, não só pelo exemplo que tem dado dentro de campo, de guerreiros, soldados de um exército que vão até o fim da luta, de cada batalha. Temos que valorizar aqueles atletas que estão entrando, como foi o caso do Deivid, do Zezinho e outros que estão sempre no mesmo nível”.
AUSÊNCIAS E RETORNO
“O Maranhão foi bem nos jogos onde ele entrou. Contra o Flamengo bobeamos no setor dele durante aqueles 15 minutos, mas não dá para culpar porque ele é atacante e jogou improvisado. HOje a opção do Pedro Botelho é com ele temos um time mais alto. Então procurei elevar a estatura do time porque a Ponte usava muito a bola parada. Entrou o Roger, Dellatorre e o Jonas, que são os mais altos que eu tinha no banco. Então sempre que forem aparecendo as oportunidades a gente vai tentando escolher. Mas é importante que todos estejam no mesmo nível para que a equipe não sinta as alterações”.
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