A campanha já era extraordinária para um time que vinha da segunda divisão. Vitórias de 3-1 contra o Grêmio, 2-0 no Palmeiras, 4-1 no Paraná, 1-0 no Coritiba, 1-0 no Botafogo e muitos outros feitos importantes no já distante ano de 1996.
E vÃnhamos de mais uma grande jornada, desta vez em Caxias do Sul. O Juventude não foi páreo para a dupla Oséas e Luiz Carlos, que fizeram os dois gols de um jogo muito bem disputado.
Na seqüência, o Sport Recife na Baixada, ou Farinhacão, como queiram. Um estádio em que a torcida não pagava caro para ver o time e empurrava do começo ao fim o jogador que estivesse em campo. Não importava se era o Branco na lateral-esquerda ou o Neto, na direita. O que valia era a emoção de sentir o orgulho de berrar o nome do Atlético.
E naquele dia 27 de outubro, o Furacão fez uma de suas maiores apresentações daquele ano. Empolgada com a então quarta colocação no Campeonato Brasileiro, a torcida superlotou as arquibancadas móveis do estádio. Ninguém podia ficar de fora.
A simbiose não teve fim naquela tarde de domingo. Com um ataque arrasador, fizemos cinco gols nos pernambucanos e ainda tivemos sorte na colaboração do zagueiro do Sport. Levamos dois. Até o polaco Nowak fez o dele - Paulo Rink(2), Oséas, Jorginho e Ildo, contra, marcaram os outros. Vencemos por 6-2.
É uma pena que ninguém conte essas histórias para os jogadores mais novos dormirem. Daniel, FabrÃcio, Ivan, Fabinho, Paulo Santos e Dagoberto, precisam saber que o Atlético já tem 79 anos e muita coisa pra contar. Já eles, são meros coadjuvantes.
Sérgio Tavares Filho
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