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Brasileiro | terça-feira, 30 de outubro de 2012, 08h04

Atlético x São Caetano marca duelo de estilos de jogo

Fonte: Bem Paraná

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Ricardo Drubscky: posse de bola é o DNA do Atlético [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]

Atlético e São Caetano fazem o jogo do ano no sábado, no Estádio Anacleto Campanella, pela 34ª rodada da Série B. O confronto direto na luta pelo acesso à primeira divisão será marcado por um duelo de estilos, nítida para quem acompanha as partidas das duas equipes e também escancarada pelas estatísticas.

Segundo dados do FootStats, no site IG, o Atlético é o time que mais acerta passes na Série B, com média de 302 por jogo, enquanto o São Caetano é o 11º nesse quesito, com 256 por partida. “O DNA do time do Drubscy é a posse de bola”, explicou o jornalista Guilherme de Paula, comentarista da rádio 98, que fez uma análise das duas equipes. “O São Caetano varia mais isso. Contra o Vitória, eles tiveram mais posse, mas em outros jogos usaram mais os lançamentos”, analisou.

O time paulista é o que mais acerta lançamentos, com média de 22,5 por jogo. O Atlético é o 14º, com 18,8. “Essa bola longa é para os dois atacantes, ou para a velocidade do Danielzinho ou pelo alto, para o Somália ou Leandrão”, contou Guilherme.

Na parte defensiva, as duas equipes têm mais semelhanças que diferenças. O São Caetano é o 5º em desarmes (21,5 por jogo) e o Atlético é o 6º (21,2). “Os dois têm boa organização para se defender”, analisou o comentarista.
Os dois times usam pouco o individualismo e tentam criar as chances com organização coletiva. O Atlético é o 11º em dribles (média de 10,3 por jogo) e o São Caetano é o último, com 7,4. Para Guilherme de Paula, o drible não é o termômetro do talento individual. “O Atlético tem mais talento, mas nem tanto pelo drible”, disse.

Drubscky só usou o esquema tático 4-2-3-1 desde que chegou e avisou que não mudará a forma de jogar. Ele vem utilizando dois laterais ofensivos e também dá liberdade para atacar aos dois volantes – um atua pela esquerda (João Paulo) e outro pela direita (Deivid). Na linha de três, são jogadores velozes pelos lados (Henrique na esquerda e Marcelo na direita) e um armador centralizado (Elias ou Paulo Baier). Esse sistema exige trocas de passes curtas, revezamento de posição entre os jogadores e compactação (proximidade entre as linhas).

Já o São Caetano atua num 4-4-2 tradicional, com dois volantes e dois meias ofensivos no meio-campo. “E os dois atacantes ficam bem enfiados. Um desafio para a defesa do Atlético é cuidar da velocidade do Danielzinho”, ressaltou Guilherme.

A proposta de jogo do Atlético tem dado mais resultados ofensivamente. O time já marcou 57 gols, contra 48 do São Caetano. O Furacão também lidera em finalizações certas, com 6,3 por jogo, enquanto o time paulista é o 9º, com 5,5.

Reportagem de autoria do jornalista Silvio Rauth Filho, publicada originalmente no Jornal do Estado

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