Alex Mineiro, Rogério Corrêa e Nem se reencontram [foto: FURACAO.COM]
Dezesseis de dezembro de 2001. Na Arena da Baixada, mais de 31 mil pessoas acompanhavam a primeira final de Campeonato Brasileiro da história do Clube Atlético Paranaense. De um lado, o São Caetano, melhor time da primeira fase. Do outro, o Atlético, dono da segunda melhor campanha. Com o Caldeirão lotado e a torcida fazendo uma festa inesquecível, o Atlético venceu por 4 a 2, com gols de Ilan e três de Alex Mineiro, garantindo assim uma boa vantagem para a grande final no Anacleto Campanella, uma semana depois.
Quinze de setembro de 2012. No modesto Estádio Pedro de Almeida, Bairro Alto e Capão Raso duelam pela última rodada da primeira fase do Campeonato de Futebol Amador da Capital, mais conhecido como Suburbana. Cerca de 600 torcedores acompanhavam na ensolarada tarde de sábado a estreia de um atacante bem conhecido pelos lados do Furacão: Alex Mineiro, o herói do título do Campeonato Brasileiro de 2001, que só nas últimas quatro partidas fez oito gols decisivos, sendo o responsável direto pela conquista da tão esperada estrela dourada do Atlético Paranaense.
E tinha mais. Na zaga, outro jogador bastante conhecido da torcida atleticana vestia a camisa de número 3: Rogério Corrêa, também campeão em 2001. Ao lado de Alex Mineiro, ambos foram comandados dentro de campo por Nem, o capitão que levantou o troféu da maior conquista rubro-negra. Depois de jogar algumas partidas, ele fazia sua estreia na beira do gramado, agora no comando técnico do Bairro Alto. Para completar, o volante Douglas Silva torcia pelos companheiros enquanto aguarda regularização de sua documentação para também reforçar o esquadrão de campeões atleticanos.
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Alex Mineiro foi o autor do único gol do Bairro Alto na partida [foto: FURACAO.COM] |
Sem jogar desde 2010, quando rescindiu contrato com o Atlético, Alex Mineiro assinou com o Caba no dia 24 de agosto após ser convidado por Nem. Vestindo pela primeira vez a camisa de um time amador da capital paranaense, o camisa 9 não decepcionou: foi dele o gol de empate aos 11 minutos do segundo tempo, de cabeça, fazendo a alegria de quem acompanhou a partida e relembrando os velhos tempos de goleador rubro-negro. Vigiado por dezenas de fotógrafos a todo momento e tentando driblar a forte marcação dos adversários, o atacante jogou os 90 minutos e foi o último a sair de campo, rodeado de crianças afoitas por um autógrafo do mito rubro-negro.
“É sempre bom rever o pessoal. A gente tem um carinho muito grande, uma amizade boa. Estou feliz em rever os amigos e estar participando desse torneio”, disse o atacante, que não jogava há oito meses. A última partida foi na Arena da Baixada, em dezembro do ano passado, em jogo comemorativo alusivo ao título de 2001. Feliz por novamente estar em Curitiba, o camisa 9 ainda espera a presença da torcida atleticana nos próximos jogos do Bairro Alto. “Espero que os atleticanos venham sim”, disse.
Cocito também prestigiou os amigos Alex Mineiro, Rogério Corrêa e Nem [foto: FURACAO.COM/Monique Silva]
De olho em campo, mas ouvido grudado no radinho, já que o Atlético jogava no mesmo horário contra o Goiás, o atleticano Everson Gonçalves foi um dos vários atleticanos que foram prestigiar a estreia de Alex Mineiro pelo clube alvinegro.
Atleticano Everson Gonçalves foi especialmente conferir a estreia de Alex Mineiro [foto: FURACAO.COM/Monique Silva]
“Vim especialmente pra ver o trio em ação, prestigiar os caras que foram tão importantes para o nosso maior título. O ano de 2001 foi muito especial, fui a vários jogos durante aquela campanha e agora ter a oportunidade de vê-los jogando juntos novamente pelo bairro onde moro está sendo muito bacana”, relatou o empresário, que prometeu prestigiar o Caba e acompanhar os passos dos ex-jogadores rubro-negros. “Moro no bairro e uma vez ou outra vinha ver os jogos, mas agora virei mais vezes. Tomara que eles ajudem o time a ser campeão aqui também”.
Quem também esteve prestigiando os ex-companheiros de equipe foi o volante Cocito, que chegou a ser sondado pela diretoria do Bairro Alto para disputar a Suburbana, mas não chegou a um acerto. “Já virei torcedor do Bairro Alto até pelo interesse que eles tiveram em mim tentando me contratar. Mesmo não jogando estou feliz só de estar aqui prestigiando os amigos. Ainda estamos conversando e estão tentando
(a contratação), se meu joelho aguentar pode até acontecer. Dá muita vontade de entrar e ajudar, estar jogando. Vivi isso a vida toda, é difícil ficar sem jogar, mas não quero assumir nada que não possa cumprir”, contou Cocito, único jogador a ter participado das três Libertadores disputadas pelo Atlético.
Com o empate em 1 a 1, o Bairro Alto ficou na terceira colocação da primeira fase e se garantiu na próxima etapa da competição, agora com oito equipes. Em busca do bicampeonato, o time alvinegro sabe que terá a simpatia da torcida rubro-negra. Boa sorte, Caba!
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