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Geral | quinta-feira, 02 de fevereiro de 2012, 13h53

Autoridades divergem sobre acidente com atleticano

Por: Monique Silva (Furacao.com)

Foto Destaque

Torcedor atleticano, André Lopes morreu atropelado após jogo do Atlético [foto: reprodução Facebook]

A família atleticana ficou mais triste ontem, quando um torcedor atleticano morreu atropelado na saída do Ecoestádio, no Barigui, onde minutos antes o Atlético havia vencido o Roma, pelo Campeonato Paranaense. Era a primeira partida do Atlético em Curitiba, mas a goleada e o recorde de público no estádio foram totalmente apagadas pelo falecimento de um guerreiro atleticano.

Após torcer pelo Furacão, o rubro-negro André Lopes, de 21 anos, atravessava a BR-277 com amigos quando foi surpreendido por um carro. Com ferimentos graves, o estudante de Engenharia Química na Universidade Federal do Paraná não resistiu e morreu no local. No momento, nenhuma autoridade auxiliava os torcedores para atravessar a rodovia.

Na edição desta quinta-feira do Paraná TV, da RPC, autoridades divergiram sobre o trágico acidente que vitimou o torcedor atleticano. Segundo a reportagem, havia somente duas viaturas para cuidar de quase 3.500 torcedores que compareceram à partida. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) enviou um ofício na sexta-feira à URBS e à Polícia Militar solicitando a montagem de um esquema especial de segurança para a partida. A Polícia Rodoviária Federal, responsável pela rodovia BR-277, confirmou que recebeu o ofício, mas "em cima da hora". Por isso, enviou apenas somente duas viaturas para o local da partida.

O inspetor Antony Nascimento, da Polícia Rodoviária Federal, considerou a operação irresponsável. "A gente considera aquele local inadequado. Não tem travessia ou faixa de pedestres, passarela, não tem como garantir a travessia segura para uma grande quantidade de pessoas. Todo evento à margem de uma rodovia vai impactar na segurança do trânsito e as pessoas que transitam. Não fomos informados nem pela FPF, nem pelo Atlético, ou qualquer organizador. Recebemos no mesmo dia do evento a comunicação da Polícia Militar. Não houve tempo hábil para ter uma ideia do que seria esse evento, o porte, quantidade de pessoas e veículos transitando para fazer um plano de segurança e convocar mais policiares naquele local".

O fato preocupa os torcedores atleticanos quanto às próximas partidas do Furacão, que lamentam mais um caso de omissão, irresponsabilidade e descaso de todos os envolvidos.

Comoção e luto

Nas redes sociais, a comoção de torcedores atleticanos que conheciam ou não André Lopes é grande. Desde a divulgação do acidente, muitos rubro-negros estão compartilhando mensagens de apoio e tristeza sobre o fato ocorrido após a partida do Furacão. O pai do estudante, Joel Lopes, usou o Facebook para agradecer as mensagens de apoio. "Meu querido filho André nos deixou ontem, estamos sofrendo muito por essa perda, mas contra a morte não podemos lutar. Agora entendo porque ele viveu tão intensamente. Agradecemos à Deus por nos ter dado ele e à todos que demonstraram carinho e amizade".

Já o amigo Alexandre, que estava com André no momento do acidente, estava inconformado. "Fomos atravessar a BR, esperamos não vir nenhum carro, olhamos, não vinha ninguém, atravessamos correndo e veio um cara, devia estar a 140, 150 km, por aí. Pelo estrago do carro dele, parecia batida num poste. Cinco minutos antes a gente estava rindo e comemorando no estádio", disse o amigo de André à reportagem do Paraná TV.

O corpo de André Lopes está sendo velado desde a manhã desta quinta-feira, na Primeira Igreja Batista de Curitiba. O local fica na rua Bento Viana nº 1200, no bairro Batel.

A Furacao.com novamente presta todos os sentimentos à família de André Lopes e que Deus os conforte nesse momento difícil. A nação rubro-negra está de luto.

Semana de tragédias

Um dia antes da morte do torcedor atleticano, o trânsito curitibano vitimou fatalmente outra pessoa. O jornalista e professor Victor Folquening, de 38 anos, foi atropelado por um ônibus biarticulado na esquina das ruas Sete de Setembro e Ângelo Sampaio, no bairro Batel, em Curitiba.

Estudantes, colegas de profissão e amigos lamentaram a morte de Folquening através das redes sociais na internet. Folquening nasceu em Ponta Grossa, trabalhou no jornal Gazeta do Povo, lecionou na UEPG, Universidade Positivo e atualmente era coordenador do curso de Jornalismo na UniBrasil.


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