Jogador foi homenageado no domingo na Baixada [foto: Julia Abdul-Hak]
O ex-atacante do Atlético, Lucas, que anunciou a aposentadoria no último dia 11, avalia como “muito positiva” a carreira de jogador. Ele, que foi homenageado antes da partida contra o Grêmio, domingo, na Arena da Baixada, conversou com a reportagem do Globoesporte.com nesta terça-feira, quando desembarcou com a família em Ribeirão Preto (SP), onde vai morar com os dois filhos e a esposa. Lucas planeja longas férias e depois se dedicar ao ramo imobiliário.
O jogador lembrou que, entre os melhores momentos em seus 14 anos como jogador profissional de futebol, o mais marcante foi a participação nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000. A equipe do Brasil, que tinha nomes como Ronaldinho Gaúcho, Alex, Athirson e comandada pelo técnico Wanderley Luxemburgo, foi desclassificada nas quartas de final pelo time de Camarões.
Lucas também lembrou do gol que deu origem à frase “Eu sou o Lucas”. Em 1999, o goleiro do Flamengo, Clemer, afirmou que não conhecia o atacante. Lucas fez o gol da vitória paranaense e, na comemoração, foi para as câmeras e gritou a famosa frase.
- O Clemer não sabia quem eu era.
Confira a seguir a entrevista:
Qual o balanço da tua carreira? Foi positivo?
Muito positivo. Saí no lucro. Com 17 anos, eu não ia imaginar que a minha carreira iria para esses rumos. Joguei na Europa, no Japão, na Seleção Brasileira e fui para uma Olimpíada. Sou ídolo num clube como o Atlético, aqui no Botafogo de Ribeirão. Então, sem dúvida nenhuma, muito positivo.
Qual foi o momento mais marcante?
São vários momentos, mas disputar uma Olimpíada é marcante, apesar da decepção, de não ter ganho o ouro. Foi uma das marcas mais importante da minha carreira chegar a uma Olimpíada.
E a frase “Eu sou o Lucas”, contra o Flamengo?
Esse também, se tornou até um marketing para mim, porque foi uma coisa inusitada, não foi nada premeditado. O Clemer não sabia quem eu era e, numa infelicidade, deu uma declaração. Eu consegui fazer um gol contra o Flamengo e saí com aquela frase, que até hoje, todo mundo comenta.
Como foi a despedida ontem (domingo)?
Foi muito emocionante. Fiquei bastante feliz pelo respeito que eu tenho, pelo carinho que eu recebi tanto da diretoria quanto dos torcedores. A forma que eles fizeram, não só pela placa e pela camisa, mas pelas palavras que eu recebi. A torcida toda me ovacionando, foi uma tarde inesquecível.
Vai ter um amistoso de despedida?
Eles (da diretoria do clube) me deixaram em aberto, se eu realmente quiser fazer alguma coisa. Agora vou estudar esses meses, estudar, deixar passar e, de repente, pode pintar um jogo no final do ano.
E o que você planeja para a sequência após encerrar a carreira de jogador?
Férias agora, durante esses primeiros meses. E eu já estou no ramo imobiliário e a tendência é que eu permaneça nele.
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