Geral | quinta-feira, 12 de maio de 2011, 17h55
Organizadas e MP assinam termo de ajuste de conduta
O Ministério Público do Paraná, o Ministério do Esporte e as torcidas organizadas de clubes da capital firmaram nesta quinta-feira (12) um termo de ajuste conduta que visa implantar um cadastro de torcedores ligados às facções. O objetivo do projeto é transformar as torcidas organizadas em entidades civis, impedindo que não cadastrados entrem nos estádios com uniformes delas. No entanto, a nova medida não conseguirá impedir incidentes como os recentes que ocorreram em terminais de ônibus.
“O registro não visa a impedir os problemas, mas ajudará a identificar os envolvidos em problemas. Visa a ser um facilitador. Separará o joio do trigo”, disse o promotor de Justiça, Maximiliano Ribeiro Deliberador.
As medidas, na prática, ajudarão a identificar torcedores envolvidos em confusões fora dos estádios apenas se eles estiverem legalmente inscritos no sistema. No caso de torcedores sem registro com uniforme de organizadas, serão vetados de entrar nos estádios, mas nada impede a ação deles longe do campo de jogo. Porém, nas arquibancadas, as autoridades estarão cientes de quem são os membros de organizadas que estão presentes.
Pelo novo sistema a ser implantado, os torcedores organizados deverão a partir deste mês cadastrar os membros em um site do programa Torcida Legal (ainda a ser lançado). Neste primeiro contato, ele receberá um horário e local para apresentar os documentos declarados e ter os dados biométricos (impressões digitais) registrados. Com isso, o torcedor receberá uma carteirinha válida no país inteiro. A segunda fase do cadastro está prevista para começar em junho.
O banco de dados do programa e da torcida organizada será confrontado para verificar se realmente o cadastrado pertence à torcida. “Será obrigação da torcida comunicar a saída de algum de seus membros”, explicou o coordenador do Ministério do Esporte, Alexandre de Limeira.
As medidas também obrigarão que as torcidas organizadas sejam legalizadas como entidade civil. “Elas estão proibidas de terem os chamados comandos. Caso tenham, não podem mais identificadas como organizadas. Todas agora terão de ter um comando central e único eleito democraticamente”, afirmou Deliberador. Caso não cumpram as regras, elas serão desfiliadas do programa e não poderão ter mate
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