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Futebol | terça-feira, 10 de maio de 2011, 11h24

Time de emprestados expõe nova política do clube

Fonte: Bem Paraná

Foto Destaque

Madson, cedido pelo Santos: um dos 11 emprestados ao Atlético [foto: Julia Abdul-Hak]

O Atlético tem no elenco 11 jogadores emprestados por outros clubes. O número equivale a um terço do grupo, que tem 32 atletas. Para formar um time de emprestados, só falta um goleiro. Entre os 11 estão os laterais Rômulo e Wagner Diniz, os zagueiros Gabriel e Dalton, os volantes Wendel, Paulo Roberto, Robston e Kleberson, os meias Heverton e Madson e o atacante Adaílton.

O número expõe uma mudança na política adotada pela diretoria. De 1996 a 2008, quando Mario Celso Petraglia comandou o clube, a prioridade era a compra de jogadores jovens, que pudessem ser vendidos por valores superiores anos depois. O elenco era preenchido com atletas revelados nas categorias de base, que também podem se tornar grande fonte de receita, e por alguns veteranos de “passe livre”, contratados para orientar nos novatos em campo.

O principal exemplo dessa política era o time de 2004, que tinha entre os principais titulares cinco pratas-da-casa (Fernandinho, Jadson, Dagoberto, Alan Bahia e Ivan) e quatro veteranos (Marcão, Fabiano, Marinho e Washington). Outros jogadores importantes naquela campanha, o zagueiro Rogério Correa e o goleiro Diego, foram comprados jovens e, anos depois, negociados por valores superiores.
Com Petraglia, o clube pouco buscava empréstimos em outros clubes. Quando isso ocorria, tentava o empréstimo com “passe fixado”, ou seja, uma cláusula que permite a compra dos direitos do jogador no final desse contrato.

Já o empréstimo sem passe fixado, que se tornou mais frequente a partir de janeiro de 2009, quando Marcos Malucelli assumiu a presidência, não permite que o clube tenha algum lucro. É o tipo de negociação que soluciona um problema a curto prazo. O técnico do time precisa de um jogador com determinada característica. A diretoria não encontra com preço acessível no mercado e busca o empréstimo, que normalmente é gratuito ou por valores irrisórios.

Para o Campeonato Brasileiro, o Atlético pode aumentar o número de emprestados. A diretoria tenta trazer do São Paulo o volante Cléber Santana e o atacante Henrique. Do Cruzeiro pode vir o zagueiro Fabrício e, do Corinthians, o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira.

A gestão de Malucelli também investiu na compra de jogadores – como Guerrón, Nieto, Paulinho e Bruno Mineiro – e em veteranos com “passe livre” – como Paulo Baier, Claiton e Lucas.

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