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Futebol | segunda-feira, 04 de abril de 2011, 15h39

Geninho desabafa em sua saída do Atlético

Fonte: GloboEsporte.com

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Geninho: demitido do Furacão [foto: Julia Abdul-Hak]

O Atlético é pagina virada na carreira do técnico Geninho. Magoado com a decisão da diretoria do Furacão de demiti-lo, apesar da boa campanha que vinha fazendo, ao menos no que diz respeito aos números, no comando do clube.

"Minha passagem pelo Atlético encerrou-se. Então isto não é uma despedia, é um adeus. Se o Atlético precisar de mim um dia, quiser me trazer de volta, quero deixar bem claro que não conte comigo. Guardo boas lembranças do Atlético, inclusive a da minha maior conquista, o título brasileiro, que consegui aqui. Eu gosto do Atlético, gosto de Curitiba, mas tem uma hora que você tem que dar um basta. Vou continuar torcendo pelo Atlético, mas como profissional, nunca mais volto".

Comunicado de sua demissão pelo supervisor de futebol Ocimar Bolicenho e pelo diretor de futebol Valmor Zimermann após a vitória por 3 a 2 no clássico com o Paraná Clube. Geninho não escondeu certa mágoa com o presidente Marcos Malucelli, que foi quem tomou a decisão, mas viajou para a Europa na véspera do jogo, deixando a seus subordinados a tarefa de demitir o técnico.

"Fui comunicado ontem, após o jogo, que a diretoria havia decidido pela minha demissão. Foi opção deles não me avisar antes do jogo com o Paraná, porque senão eu poderia não comandar o jogo. Mas, o homem lá de cima sempre foi muito bom comigo e vencemos o jogo na melhor apresentação do clube desde que eu cheguei. E com muita gente me considerando responsável pela vitória pelas mudanças que fiz na equipe. Saio magoado com algumas pessoas que ajudei quando precisaram de minha ajuda e que agora não tiveram o mesmo comportamento em relação a mim. Pessoas que te tratam de um jeito e começam a te tratar de outro".

Visivelmente emocionado e chateado, Geninho não questiona a decisão, mas a forma como ela foi conduzida. "Eu converso com as pessoas sem olhar para o chão. Eu olho no olho e sempre deixo as portas abertas por onde passo. Invariavelmente volto a trabalhar onde já trabalhei, mas às vezes você toma estes trancos. Acho que as coisas tinham que ser mais claras. Eu conversei com o presidente no sábado e ele não me falou nada. Eu fui para o jogo já com a minha demissão certa e soube depois que outros profissionais já tinham sido contatados pela diretoria. E essa não é a forma certa de você proceder. No futebol eu já vi tantas coisas que nada mais me surpreende. Estou saindo com a consciência bem tranquila".

Ainda sem planos para o futuro, Geninho afirma que não pensa mais em disputar estaduais fora do eixo Rio-São Paulo, e que passará os próximos dias na capital, passeando com familiares que não conhecem as atrações turísticas da cidade. Dias que utilizará para descansar dos dias de trabalho puxado que teve nesta breve passagem, a terceira da carreira, pelo Furacão.

"Mais uma vez eu vim tentar ajudar o Atlético e cheguei em um momento difícil. Foi assim no ano do campeonato, quando eu coloquei a minha cara para bater. Foi assim em 2008 quando eu coloquei de novo a cara para bater quando todos os analistas davam 90% de chances de rebaixamento e ajudei o Atlético a escapar da queda. E consegui ser campeão paranaense depois de três anos. E agora vim de novo para assumir um time muito cobrado, um pouco desarrumado, e conseguimos fazer uma boa campanha. Os números não podem ser contestados. Foram 40 dias de trabalho, dez jogos, oito vitórias, um empate e uma derrota, com 83% de aproveitamento. A única equipe do Brasil com um aproveitamento melhor do que este é o Coritiba. Então eu saio consciente de que fiz o meu trabalho, e que ele foi bom. Sei que nunca fui unanimidade aqui. Talvez se eu não tivesse vindo em 2008 hoje eu seria uma unanimidade, e talvez o Atlético estivesse aí curtindo uma segunda divisão".

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