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Memória | quarta-feira, 02 de fevereiro de 2011, 19h44

Roberto Costa e Detti receberam homenagem em Cascavel

Por Júlio César Carignano, especial para a Furacao.com

Foto Destaque

Roberto contou passagens históricas das campanhas de 82 e 83 [foto: Júlio César Carignano]

Na véspera da partida contra o Cascavel, no Estádio Olímpico Regional, os atleticanos do Oeste do Paraná tiveram a oportunidade de matar saudade de ídolos de um passado glorioso do Furacão e, as gerações mais novas, de conhecer um pouco mais sobre a história do clube do coração por meio de um jantar promovido pela Embaixada Furacão em Cascavel.

O evento, realizado na Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), contou com a presença de dois ilustres convidados que fizeram parte de verdadeiros “esquadrões”, responsáveis pelo bicampeonato paranaense de 1982 e 1893 e pela belíssima campanha de 83 no Campeonato Brasileiro na qual o Rubro-Negro alcançou a terceira colocação.

Durante algumas horas, o ex-goleiro Roberto Costa e o ex-volante Detti tiveram a oportunidade de interagir com os cerca de 60 atleticanos presentes no jantar. No cardápio, muito papo de boleiro, sobre folclore futebolístico e, especialmente, sobre o Clube Atlético Paranaense.

Os torcedores oestinos mataram a curiosidade e a saudade da década de 80, período de alegria para os rubro-negros e que marcou a passagem de ídolos com Detti, Roberto, Nivaldo, Capitão, Ivair e o casal 20, Washington e Assis.

Campanha de 83

O principal assunto no bate-papo com os ex-jogadores foi a campanha no Brasileiro de 1983, que fez o Atlético ser reconhecido nacionalmente. Apesar da honrosa colocação, o sentimento daquele ano de reconhecimento foi do gostinho de “quero mais”, em virtude da capacidade do elenco atleticano, que parou na semifinal diante do poderoso Flamengo de Zico.

Roberto Costa, vencedor do Bola de Ouro – reconhecimento dado ao melhor jogador do certame instituído pela Revista Placar – contou passagens históricas de apresentações memoráveis, como diante do São Paulo: “Sem dúvida aquela partida contra o São Paulo foi minha melhor atuação. Nós tínhamos uma grande equipe, que também era muito unida”. Para o ex-goleiro, aquele elenco deu início a projeção que o Atlético tem hoje nacionalmente.

Roberto Costa, Ronei Basso (Embaixada) e Detti durante encontro em Cascavel [foto: Júlio Carignano]


O ex-volante Detti, responsável pela marcação de Zico durante a semifinal, tem certeza que aquele time de 1982 poderia ter ido mais longe. “Acho que a partir daquele ano o Atlético foi se tornando forte”, diz o ex-jogador, que atualmente é representante comercial.

Sentimento

Orgulhosos com o convite dos atleticanos de Cascavel, os ex-jogadores falaram sobre o sentimento de terem participado da história do rubro-negro paranaense. “Joguei em mais de dez times do Brasil, mas sem dúvida o que mais me marcou foi o Atlético, onde joguei por cinco anos e fui três vezes campeão. Você aprende a gostar do Atlético pela sua torcida e você tem vontade de jogar mais nele do que em outros times. Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa história”, diz Detti, que iniciou sua carreira no Grêmio Maringá.

Natural de Santos, Roberto diz que o Atlético foi responsável pelo seu reconhecimento nacional. “O meu início foi praticamente aqui no Atlético, onde apareci para o cenário nacional. Sou muito grato, fico feliz pelo que o clube é hoje. Tenho saudade da “Baixadinha” dos tijolinhos e dos pinheiros, mas tenho orgulho de ver hoje o que se transformou o Atlético, que é referência para os clubes nacionais. Vocês (torcedores) também são parte dessa história e nada paga o que passamos e vivemos nesse clube”, completou o Bola de Ouro de 83.

Homenagem

Ao final do jantar, Roberto Costa foi homenageado pela Embaixada Furacão com a Comenda Julio José Pepicelli, entregue a todos que prestaram apoio relevante a história do Clube Atlético Paranaense. A comenda leva o nome de Julio, “o campeão da Raça”, lateral-esquerda que marcou história no Furacão.

Roberto Costa recebeu a Comenda Julio José Pepicelli [foto: Júlio Carignano]


“Muitos clubes não reconhecem seu ídolos ou só o fazem após estarem mortos. Nós aqui homenageamos aqueles que fizeram parte da história rica do Atlético ainda em vida”, afirma Ronei Basso, presidente da Embaixada Furacão em Cascavel.

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